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Educação

MAIS DE METADE DOS JOVENS COM 2O ANOS NÃO ESTÁ A ESTUDAR

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Foram publicados, em setembro de 2018, os dados do último Education at a Glance que constatou que, em Portugal, entre os 15 e os 19 anos, a quantidade de alunos matriculados nas instituições de ensino é superior à da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).  No entanto, entre os 20 e os 24 anos, altura em que aqueles que prosseguiram os estudos estão a cursar a licenciatura, acontece o contrário. O número de estudantes inscritos em estabelecimentos de ensino é inferior ao da OCDE. Portugal apresenta uma percentagem de 37% de inscritos, enquanto que a OCDE apresenta uma percentagem de 42%.

De acordo com o Público, Cláudia Sarrico afirma que atualmente, os cursos profissionais representam cerca de metade dos inscritos no 10º e 12ºanos. Os cursos profissionais foram formatos de modo a que os estudantes, após a sua conclusão, estivessem aptos para entrar no mundo do trabalho. Por isso, muitos dos jovens que integram estes cursos não pretendem progredir os estudos.

Porém, existem jovens que apesar de frequentarem um curso profissional no ensino secundário pretendem ingressar no ensino superior. No entanto, deparam-se com alguns entraves. Nomeadamente, os exames nacionais que contam quase 50% na entrada para o ensino superior. Muitas das vezes, o que acontece é que estes jovens não têm as disciplinas correspondeste às dos exames que muitas vezes são exigidos. Ou então, têm a disciplina, mas é lecionada de uma forma diferente, como acontece com Português.

Atualmente procura-se aumentar o número de estudantes no ensino superior e reduzir a discrepância entre o número de alunos no ensino secundário e o número de alunos no ensino superior. Até então foram feitos progressos para que os jovens estudassem até ao secundário. Agora são necessárias medidas para que se incentive e facilite a entrada dos jovens no ensino superior. Esse aumento pode passar por uma maior diversificação da oferta.

Outra proposta que poderia ser aplicada nas universidades e politécnicos são os cursos técnicos superiores profissionais. É um curso superior ministrado no ensino politécnico com duração de quatro semestres curriculares de trabalho dos estudantes, constituídos por um conjunto de unidades curriculares organizadas em componentes de formação geral e científica, formação técnica e formação em contexto de trabalho, que se concretiza através de um estágio.

Na sessão da Convenção Nacional de Ensino Superior do início de janeiro tiveram lugar nos grupos de discussão temas como o acesso ao ensino superior, a ação social e o investimento no setor. Esta foi a primeira de seis da iniciativa promovida pelo Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas. A segunda sessão acontece em fevereiro, no Porto, e os temas postos em cima da mesa são a aproximação do ensino superior às empresas, administração pública e agentes culturais.

 

Mariana Vilas Boas