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Educação

O USO DAS TECNOLOGIAS A FAVOR DA EDUCAÇÃO

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O documento publicado pela UNESCO, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, enquadrado na Agenda Educação 2030, estuda o colégio privado Monte Flor, localizado na região de Carnaxide. Com um público de alunos direcionado ao primeiro ciclo, a escola tem, desde 2013, investido no uso de tecnologias na educação. Ainda, desde 2016, o colégio busca valorizar as soft skills, como criatividade, comunicação e pensamento crítico. Assim, desde 2018, os alunos têm um currículo centrado neles e nos seus projetos de vida.

Como refere a UNESCO, a tecnologia tem um papel crucial no processo de aprendizagem do colégio. Os recursos tecnológicos possibilitam a concretização desse projeto. Os estudantes são constantemente desafiados a fazer uso destes meios para explorar talentos e desenvolver habilidades. Para tal, foi criado, inclusive, um laboratório de aprendizagem na escola, que conta com nove computadores. Há também uma televisão, um projetor de alta-definição e um quadro interativo. O laboratório tem inspiração numa sala de inovação em Bruxelas.

Com a intenção de concretizar essas inovações, foram enfrentados alguns desafios, como aumentar a velocidade da internet e o número de pontos de acesso, de modo a que muitos alunos pudessem estar conectados ao mesmo tempo sem que o sistema caísse. Também houve o cuidado de pensar nos dispositivos a serem utilizados, acabando por cada estudante ter um próprio.

O colégio adotou maneiras de comunicar-se mais com as famílias, como vídeos ou tutorias em vídeo, com a intenção de mostrar e explicar as mudanças que estavam a ocorrer, para que houvesse uma compreensão das medidas inovativas no processo de educação. Do mesmo modo, as famílias foram convidadas a assistir sessões de treinamento, para que pudessem conhecer e aprender sobres as ferramentas tecnológicas utilizadas na escola. Duas destas ferramentas adotadas são o Office 365 e OneNote.

Avaliação com base em soft skills e novos métodos de aprendizagem

As soft skills também adquiriram importância no momento da avaliação dos alunos, que deixou de ser um modo de avaliação restrito ao conhecimento e passou a valorizar a comunicação, a vocação para a liderança, a consciência crítica, a flexibilidade, o controle do tempo, a responsabilidade e outras soft skills. Como consta no documento da UNESCO, estas habilidades puderam ser desenvolvidas por meio dos projetos da escola.

Todos os projetos começam com uma questão e contam com a colaboração dos professores. Alguns projetos são somente de uma classe e outros são integrados a mais de uma. A nível de recursos tecnológicos, há acesso a uma plataforma denominada de Escola Virtual, que possibilita processos autónomos de aprendizagem, assim como vídeos interativos e exercícios. A ferramenta OneNote é adotada como um caderno digital, para cada classe, em que o estudante pode acessar de qualquer lugar. O caderno digital conta ainda com uma seção colaborativa, que pode servir para os alunos compartilharem ideias. O colégio também se aproxima da comunidade, tendo um projeto que envolve demonstração de robótica e danças interativas num lar de idosos.

Entre os professores, há idades entre 26 e 63 anos, sendo a maior parte mulheres. Há sessões de treinamento e formação para que possam estar informadas das ferramentas e inovações no campo das tecnologias. O corpo docente atua também de modo a supervisionar o trabalho dos estudantes nos dispositivos, atuando colaborativamente com os mesmos.

Entre as conquistas, o relatório da UNESCO afirma que o colégio tem tornado o ambiente mais inclusivo e acessível, possibilitando que cada estudante tenha seu próprio tempo, de acordo com seu ritmo de aprendizagem. Os diferentes estilos de aprendizagem são também respeitados, o que permite uma maior compreensão das temáticas. Assim, a tecnologia não é considerada como o fator mais importante deste processo, mas, sim, como algo presente, que oportuniza uma comunicação online, a qualquer hora, entre todos e para cada atividade. O próximo objetivo é tornar o processo de aprendizagem ainda mais flexível, possibilitando mais autonomia aos alunos e mudando gradualmente a noção de aulas, conteúdos e lições.

Artigo da autoria de Marcela Balbão

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