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Educação

OFICINAS DE DANÇAS TRADICIONAIS DIVULGAM CULTURA PORTUGUESA A ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS

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Arrancou esta quinta-feira (7) a 15ª edição das Oficinas de Danças Tradicionais Portuguesas, da organização do Núcleo de Etnografia e Folclore da Universidade do Porto (NEFUP), que se prolonga até ao final do mês. A iniciativa, que surgiu em 2013, destina-se a estudantes universitários que queiram descobrir a cultura tradicional portuguesa.

Estudantes estrangeiros são os que mais aderem

As Oficinas surgiram com o intuito de divulgar a cultura e tradição portuguesas à comunidade de mobilidade, nomeadamente do Programa Erasmus. Até à data envolveram cerca de 500 estudantes oriundos das mais diversas nacionalidades.

A adesão dos estudantes estrangeiros é muito superior, apesar do projeto estar aberto à participação de estudantes portugueses. Há um certo preconceito dos estudantes nacionais a tudo o que eles identificam com as danças tradicionais e com o rancho, “que é tudo o que nós não somos”, afirma Helena Queirós, vice-presidente do NEFUP.

A Oficina ocorre uma vez por semestre e dura três a quatro semanas. Os responsáveis do NEFUP não querem propriamente ensinar a dançar, mas utilizar o potencial da dança para criar um diálogo intercultural e intergeracional. A “dança é uma linguagem universal”, lembra Helena Queirós. Os estudantes levam um pouco mais de conhecimento da cultura e tradições portuguesas, mas o mais importante são os laços que se criam entre eles e também com os membros do NEFUP.

NEFUP dedica-se à recolha e divulgação da etnografia e folclore portugueses

O NEFUP é constituído por estudantes e antigos alunos da Universidade. É uma associação de extensão cultural que depende da Universidade do Porto. Dedica-se à recolha e divulgação da etnografia e folclore portugueses. Preocupam-se com as danças e os cantares, mas também com o lado menos visível da cultura, as vivências do dia-a-dia. Apresentam espetáculos que os próprios membros constroem e encenam, a partir de pesquisa e recolha próprias. Pratica-se a dança, a música e o teatro, funcionando as tradições como elementos de contextualização do espectáculo. A organização das Oficinas Erasmus enquadra-se na função de divulgação.

Testemunho de Francine, estudante brasileira de matemática

Francine, uma estudante de Matemática oriunda do Brasil, explica que tomou conhecimento da Oficina através de um email de divulgação. Como gosta de dançar decidiu participar. Isso permitiu-lhe alargar o seu círculo de amizades a estudantes de diversas nacionalidades, com quem de outra forma teria dificuldade em contactar.

 

Artigo da autoria de Miguel Marques Ribeiro. Revisto por Rita Pais Santos e Sofia Matos Silva.