Educação
Acesso ao Ensino Superior: exames nacionais 2023 com resultados positivos
A época de exames nacionais de acesso ao Ensino Superior de 2022/2023 teve início a 19 de junho, com a prova da 1ª fase de Português, e terminou a 26 de julho, com as provas de 2ª fase de línguas estrangeiras (Alemão, Espanhol, Francês, Inglês, Italiano e Mandarim). Este ano, os exames nacionais seguiram o mesmo modelo implementado no início da pandemia, funcionando apenas como provas de ingresso ao Ensino Superior.
Segundo os dados da Direção Geral da Educação, divulgados pela Uniarea, foram registadas cerca de 263 mil inscrições para 1ª fase de exames e quase 66 mil para a 2ª fase, registando-se um aumento relativamente ao ano letivo anterior.
A grande maioria das inscrições para a primeira fase de exames (74%) teve como objetivo usar a nota como meio de acesso ao Ensino Superior. Contudo, alguns estudantes realizaram os exames para melhorar a sua classificação interna ou para obter aprovação à disciplina. Já na segunda fase de exames, verificou-se que o principal propósito para a sua realização foi a melhoria da classificação da primeira fase.
Os exames mais e menos procurados
À semelhança do ano anterior, o exame de Biologia e Geologia foi o mais procurado pelos estudantes durante a 1ª fase de exames, contando com mais de 38 mil provas realizadas, seguido de perto pelos exames de Português (34 mil) e Matemática (33,7 mil). Em contrapartida, as provas com o menor número de exames realizados foram as de Italiano (dois), Latim A (seis) e Português Língua Não Materna (seis).
Já na 2ª fase, a prova onde foram realizados mais exames foi a de Matemática A, com mais de 14 mil exames, seguida pela de Biologia e Geologia (12 mil) e Física e Química A (nove mil). Nesta fase, os exames em que menos provas se realizaram foram os de Mandarim (dois alunos apenas), Português Língua Não Materna (cinco) e Alemão (12).
Época de exames marcada por números positivos
Embora as greves dos docentes tenham afetado todo o ano letivo, os resultados dos exames fugiram à regra, uma vez que, na 1ª fase de exames, apenas a prova de Geometria Descritiva A apresentou uma média inferior a 10 valores (9,7). As provas da primeira fase com a maior pontuação foram as de Mandarim (17,1 valores), Português Língua Não Materna (15,5) e Alemão (15,0).
No que toca à 2ª fase, foram várias as disciplinas que tiveram melhores médias em comparação com a primeira ronda de exames, como foi o caso de Geometria Descritiva A (com um aumento de 16 pontos) História da Cultura e das Artes (com mais 15 pontos), Física e Química A e Espanhol (ambas com mais 5 pontos), ou Economia A (mais 4 pontos).
Já as disciplinas com maior classificação foram as de Mandarim (como observado na primeira fase, com 16,9 valores), Inglês (14,2) e Desenho A (13,9). Matemática A e Literatura Portuguesa foram as únicas com resultados médios negativos nesta 2ª fase (95 e 91 pontos, respetivamente).
Os resultados das provas finais neste ano letivo não registaram subidas ou descidas abruptas face a 2022. No entanto, verificou-se uma diminuição nas pontuações de alguns exames quando comparadas com as do ano letivo anterior, sendo Espanhol aquele onde a diferença mais se fez sentir na 1ª fase (menos 25 pontos) e Português e Francês na 2ª fase (menos 18 pontos).
Candidaturas ao Ensino Superior
Esta segunda-feira, dia 28 de agosto, inicia-se a segunda fase de candidaturas de acesso ao Ensino Superior, decorrendo até ao dia 5 de setembro. A partir desta data, os alunos poderão usar os exames da primeira e segunda fase de exames para se candidatarem.
As candidaturas para o ingresso ao ensino superior devem ser feitas no site da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), exceto no que refere aos concursos e regimes especiais de acesso.
Para mais informações sobre as provas de ingresso e candidaturas ao Ensino Superior, visite o site oficial da DGES.
Artigo escrito por: Bruna Martins
Editado por: Inês Miranda