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Educação

Nota 20: o lado diplomático de Alexandra Gonçalves

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Fotografia cedida por: Alexandra Gonçalves

Quando era mais nova, Alexandra Gonçalves tinha por hábito discutir com o pai as notícias e a cultura do mundo. Hoje, ingressou com nota 20 no curso de Línguas e Relações Internacionais da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP). O JUP teve a oportunidade de conhecer Alexandra um pouco melhor. Com o seu pensamento positivo, a estudante deu-nos a conhecer o seu caminho para atingir o sucesso no percurso académico e vários conselhos para conseguir ter uma boa média de secundário.


1.Entre tantas universidades, o que te levou a colocar a Universidade do Porto na tua primeira opção?

Para além de ser a Universidade mais perto de casa, a Universidade do Porto é das mais prestigiadas em Portugal, conhecida pela sua qualidade de ensino e inovação em diversas áreas. A Faculdade de Letras é também a única a nível nacional que tem o curso de Línguas e Relações Internacionais.


2. Com todos os cursos que a UP oferece à tua disposição, o que te fez optar por Línguas e Relações Internacionais? De que forma é que este curso se alinha contigo?

Eu confesso que da primeira vez que vi o plano de estudos eu apaixonei-me pelo curso. Eu costumava passar horas e horas a falar com o meu pai sobre as notícias, o que estava a acontecer ao redor do mundo, a política internacional e sobre a cultura de outros países. Por isso, quando vi as unidades curriculares e as saídas profissionais, eu pensei, é isto! Foi o meu pai, sem saber, que me fez perceber o que eu queria seguir.


3.Ingressar no ensino superior foi sempre um objetivo para ti? Sentiste alguma pressão para tal ou foi uma decisão pessoal?

Sim, eu sempre tive a certeza que queria ir para a universidade, só estava indecisa sobre o curso que queria escolher. Foi uma decisão 100% pessoal. Felizmente os meus pais sempre me apoiaram em tudo e sempre me encorajaram a tomar as minhas próprias decisões e a seguir o meu coração.


4.Quais achas que terão sido os ingredientes para o teu sucesso académico no ensino básico e secundário?

Acho que as coisas mais importantes, para além do empenho e dedicação, são, sem dúvida, o gosto e a persistência. Quando nós gostamos do que estamos a fazer e temos um objetivo em mente, torna-se tudo mais simples. Os obstáculos continuam no caminho, mas a nossa forma de os encarar e de encontrar soluções muda completamente.

 

“O importante é tentar dar o nosso melhor, tentar manter algum equilíbrio e não desistir dos nossos sonhos.”


5.Sempre te foi fácil conciliar os tempos livres com a vida académica? Tiveste de abdicar de algo ou fazer algum sacrifício?

Não, não tem sido nada fácil. A vida de um estudante não se resume só à escola ou aos estudos. Também são os amigos e mais ainda a família. Houve amizades e oportunidades que foram perdidas, mas a vida é assim mesmo, cheia de bons e maus momentos. O importante é tentar dar o nosso melhor, tentar manter algum equilíbrio e não desistir dos nossos sonhos.


6.Quais são os teus objetivos neste novo percurso? Quais são os maiores receios?

Agora estou focada em aprender, ganhar novas experiências e conhecer novas pessoas, embora eu tenha receio de, ao fim do primeiro semestre, ficar sem energia e motivação. A mudança do ensino secundário para o universitário é considerável mas… pensamento positivo!

 

7.O que consideras que deve ser melhorado no ensino em Portugal?

Tudo, o sistema em si está muito desatualizado. Começando pelas condições que os professores têm. Muitos professores deslocados não têm as condições mínimas para viver razoavelmente. Portanto, é normal que o seu trabalho seja impactado por isso, e que, consequentemente, os seus alunos também sejam prejudicados. Falando de professores deslocados, muitos estudantes, quando vão para a faculdade, também têm de sair das suas casas e muitas vezes ir para as cidades principais. É completamente inadmissível e absurdo o valor que lhes é pedido muitas vezes por um quarto.


8.Já pensaste qual pode ser o passo a seguir depois de acabar o curso?

Depois de acabar a licenciatura, eu quero fazer um mestrado e talvez um doutoramento. Eu gosto muito da área da diplomacia, mas o futuro é sempre incerto.


“Só conseguem vencer amanhã, se não desistirem hoje.”


9.Que conselhos darias aos estudantes do ensino secundário para que a média de entrada não seja um impedimento para continuarem os seus estudos no curso que mais desejam?

Se ainda não terminaram o secundário, mas sabem que não vão ter média para entrar no curso e/ou universidade que querem, tentem fazer melhoria de notas. Se não conseguirem, experimentem fazer um curso que vos dê equivalência ao 12º ano, por exemplo um curso de Educação e Formação de Adultos (EFA) que, dependendo das notas que tenham, pode ter a duração só de um ano. Se já terminaram o secundário, tentem repetir novamente os exames. Se é realmente um sonho vosso, não desistam. Só conseguem vencer amanhã, se não desistirem hoje.

 

Artigo por: Roselimar Azevedo

Editado por: Ana Pinto e Joana Monteiro