Educação

Nota 20: Tiago Fernandes, o ás da matemática

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Fotografia cedida por: Tiago Fernandes

Com uma média de 20 valores, Tiago Fernandes inicia agora o seu percurso académico na Universidade do Porto. De forma a pôr em prática e aprofundar o seu raciocínio, ingressa na Licenciatura em Matemática da Faculdade de Ciências (FCUP), sendo esta a área que mais lhe traz prazer e diversão. À conversa com o JUP, Tiago fala dos seus objetivos e receios neste novo percurso, bem como dos ingredientes para uma boa média no ensino secundário.

 

1.Entre tantas universidades, o que te levou a colocar a Universidade do Porto na tua primeira opção?

Optei pela Universidade do Porto, por um lado, pelo seu renome e status como a melhor universidade do país e uma das melhores da Europa. Por outro lado, esta interessou-me por ser a mais próxima do meu local de residência.


2. Com todos os cursos que a UP oferece à tua disposição, o que te fez optar por Matemática? De que forma é que este curso se alinha contigo?

Optei pelo curso de Matemática, uma vez que, desde pequeno, esta sempre foi a disciplina que mais me interessou, sendo também aquela que me trazia mais prazer e diversão. Neste sentido, julgo que este curso condiz comigo, pois me permitirá aprofundar os meus conhecimentos numa área que gosto, possibilitando simultaneamente melhorar o meu raciocínio e expandir a minha mente.


3.Ingressar no ensino superior foi sempre um objetivo para ti? Sentiste alguma pressão para tal ou foi uma decisão pessoal?

Sim, sempre me interessou ingressar no ensino superior de modo a aprimorar os meus conhecimentos e aproveitar as oportunidades sociais por este oferecidas. Como tal, esta foi uma decisão pessoal, apoiada, é claro, pela minha família.


4.Quais achas que terão sido os ingredientes para o teu sucesso académico no ensino básico e secundário?

Julgo que para o meu sucesso no ensino básico e secundário contribuiu, além do meu esforço e determinação, a predisposição e dedicação dos meus professores para ensinar a matéria de forma clara e bem compreensível. Assim, em adição ao estudo essencial fora da escola, foi importante a atenção nas aulas. Destaco ainda a importância de um bom apoio quer da família, quer dos amigos.


5.Sempre te foi fácil conciliar os tempos livres com a vida académica? Tiveste de abdicar de algo ou fazer algum sacrifício?

Nem sempre foi fácil, acabando por vezes de ter de abdicar algum tempo livre para estudar. Neste sentido, foi necessário algum sacrifício; no entanto, ao tentar adaptar os estudos de modo a torná-los interessantes para mim, não custou muito. Mesmo assim, tem de haver sempre um bocado de tempo livre para aproveitar.


6.Quais são os teus objetivos neste novo percurso? Quais são os maiores receios?

Os meus principais objetivos são obter o máximo de conhecimentos possíveis para me tornar num bom profissional e aproveitar as múltiplas oportunidades que a universidade oferece para crescer como pessoa e como futuro matemático; bem como, eventualmente, perceber mais sobre uma profissão ou domínio concretos para desempenhar.

Quanto aos meus receios, saliento o grau de dificuldade dos conteúdos, o maior rigor e exigência na avaliação dos meus conhecimentos e o cansaço aumentado pela morosidade das deslocações entre a faculdade e a minha casa.


7.O que consideras que deve ser melhorado no ensino em Portugal?

Considero que o ensino em Portugal está bem estruturado, no entanto, talvez fosse vantajoso para muitos alunos valorizar mais outros métodos de avaliação que não testes, que acabam muitas vezes por induzir à memorização momentânea de conteúdos. Por outro lado, acho que seria fortuito se existissem momentos/aulas especiais para complementar o conhecimento de quem gosta de uma certa disciplina, tal como existem aulas de apoio.


8.Que conselhos darias aos estudantes do ensino secundário para que a média de entrada não seja um impedimento para continuarem os seus estudos no curso que mais desejam?

Acho que para que possam entrar nos cursos em que mais desejam, cada um tem de se esforçar para isso, estando atento nas aulas, tentado compreender os conteúdos, estudando-os em casa e não deixando acumular matéria e trabalhos para as vésperas dos testes ou do término do seu prazo de entrega.

 

Artigo por: Roselimar Azevedo

Editado por: Ana Pinto e Joana Monteiro

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