Educação
DIA DO ESTUDANTE MARCADO POR ACÇÕES CONTRA O GOVERNO
A defesa de um “Ensino Público e de qualidade para todos, com mais e melhor Acção Social Escolar” é, segundo o manifesto, o lema do protesto agendado para dia 2 de Abril, contra o duplo pagamento do direito a estudar – “(em impostos e no dia-a-dia)”.
Sob a máxima “Unidos contra mentiras! Unidos pelas nossas vidas!”, o apelo é para que “no dia 24 de Março nas faculdades e no dia 2 de Abril em Lisboa, os estudantes saiam à rua e afirmem que o que é inevitável é que a política do nosso país corresponda às necessidades da juventude”.
Respondendo a este apelo, na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto realizou-se ontem (24 de Março) um desenho de modelo, fora de portas, com o intuito de mostrar que os estudantes têm valor. Esta iniciativa “integrada num conjunto de outras acções realizadas por várias AE para comemorar o Dia do Estudante”, denunciou a falta de condições dos alunos desta faculdade.
Pouco mais tarde, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, fez-se uma entrega de prémios às personalidades que mais lucraram com a crise, uma de várias acções realizadas no âmbito de uma semana académica marcada para comemorar este dia histórico e com vista à mobilização para a manifestação nacional de 2 de Abril.
Está ainda marcado, para amanhã (26) um julgamento deste Governo e das suas “políticas de ataque ao Ensino Superior e aos seus estudantes.”, no qual o JUP marcará presença, no átrio da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto.
Também a Federação Académica do Porto (FAP), na senda das conclusões saídas último Encontro Nacional de Dirigentes Associativos (ENDA), distribuiu, ontem (24 de Março), no centro do Porto, um comunicado “em homenagem ao espírito dos estudantes que lutaram contra a opressão na década de 60”. O comunicado fala da necessidade do acesso ao ensino ser universal, das dificuldades financeiras e políticas que os estudantes enfrentam e da falta de “adesão à realidade” do discurso do Governo que “demagogicamente tenta negar o que é evidente”. A FAP realiza também uma campanha – Não te Cales! Manifesta a tua Opinião – de recolha de mensagens sobre a “importância da educação e do ensino superior, os seus problemas e possíveis soluções”.
Preferindo, como é sabido, desde sempre, uma linha de acção institucional, a FAP diz não criticar as associações de estudantes que promovem a manifestação de dia 2, levando a luta para a rua, e que espera que esta “corra pelo melhor”, como avança o presidente da FAP, Rúben Alves.