Educação
“VAI PRÓ BARALHO”: A APP QUE VEM SIMPLIFICAR O MUNDO DOS JOGOS DE CARTAS
Pedro Dória Martins, de 30 anos, ex-aluno da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, é o grande responsável pela criação da app que poderá revolucionar os jogos de cartas. A aplicação está disponível desde o dia 27 de julho e já foi descarregada cerca de 200 vezes.
A ideia surgiu, precisamente, durante um jogo de King realizado por Pedro Martins e o seu grupo de amigos. “O King é um jogo cuja pontuação envolve alguma complexidade e cálculo, e os meus amigos registavam essa pontuação usando uma grelha em papel. Além disso, obrigava-nos a fazer uma nova grelha cada vez que começávamos um jogo, e os erros na pontuação eram frequentes”. Então, o sócio da empresa Level-Up, que presta serviços de formação profissional de informática, web design e desenvolvimento de apps, pensou em criar uma ferramenta prática, de forma a realizar todos os cálculos, utilizando o menor número de dados possíveis. Assim nasceu a app “Vai pró baralho”.
E como é que funciona a aplicação?
Ao abrir a app, o utilizador seleciona o menu no canto superior esquerdo. Seguidamente escolhe o jogo que pretende jogar (Copas, Sueca, King, etc.) e ao clicar num dos jogos, aparece a respetiva grelha. “Cada jogo tem as suas regras, da mesma forma que cada jogo tem uma grelha diferente. Por exemplo, na grelha do Casino as colunas representam os jogadores e as linhas representam um jogo. Basta inserir a pontuação na célula que corresponde ao jogador/jogo desejado”, explicou Pedro Martins.
A primeira versão da aplicação suporta apenas o King e o Casino e está disponível somente para Android. Mas Pedro Martins assegura que se encontra a desenvolver uma segunda versão que contará com jogos muito populares como a Bisca, Copas e Sueca. “Queremos lançar a próxima versão antes do arranque das aulas para aproveitar a boleia do pessoal que joga às cartas na escola ou na faculdade”.
O nome “Vai pró baralho” surge de um inquérito fechado, “onde perguntei a várias pessoas qual seria o melhor nome, e esse foi o que gostaram mais”. Para o ex-aluno da FEUP, os jogos de cartas são sinónimo de lazer e boa disposição, mas também de “algumas brigas” e, por isso, considerou que “Vai pró baralho” transmitia estes conceitos.
O próximo passo é divulgar a aplicação no Brasil e em outros países onde se fale português. Pedro Martins não coloca de lado a possibilidade de lançar uma versão internacional, mas afirma que terá de fazer uma seleção cuidada dos jogos a incluir. “Na América do Norte, por exemplo, muito pouca gente joga à Sueca, pois é um jogo mais popular em Portugal, Brasil e Angola”.
O projeto demorou cerca de três meses a ser desenvolvido e não teve qualquer apoio financeiro por parte de outras empresas.