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Crónica

NÃO DURA PARA SEMPRE

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É certo que por entre as centenas de histórias que vocês, habitualmente, passam à frente no Instagram, já vos apareceu a famosa imagem publicada esta segunda-feira, 29 de julho, pelo Sea Life Porto que destaca a frase: “Hoje esgotámos os recursos naturais da Terra para 2019”. Por entre comentários que dizem que esta notícia é falsa e por outros que incentivam ao gasto dos recursos de forma desmedida, a verdade é que, evidentemente, os recursos naturais que estariam reservados para a humanidade utilizar, de forma sustentável durante este ano, esgotaram-se cinco meses antes do que era suposto.

Muitos são aqueles que ainda não acreditam no aquecimento global; não é verdade, Sr. Presidente Donald Trump? No entanto, dia após dia, a costa portuguesa vai diminuindo e dentro de poucos anos as praias quase não terão areal devido ao derretimento das calotes polares. O nível médio das águas vai aumentando e parece que ninguém quer saber.

As temperaturas também têm aumentado neste últimos dias. Sinceramente, já nem sei em que estação do ano estou. Num dia, só me apetece andar de biquíni e calções, num daqueles dias que os meus ombros nunca esquecerão. No entanto, no dia seguinte, tenho de voltar às calças e às sapatilhas, sem nunca me esquecer daquele casaco como companhia. Nuns dias, fico o dia inteiro na piscina, a apreciar o sol que deixa a minha pele dourada. Contudo, também há aqueles dias em que dava tudo para ficar em casa, debaixo de um cobertor, a ver as minhas séries favoritas. Isto tudo, em pleno julho, no auge do verão.

Este limite dos recursos naturais tem vindo a diminuir ao longo dos anos. Em 2016, o juízo final foi a 8 de agosto. Foi em 1969, há 50 anos, que a Terra conseguiu suportar, do início ao fim, o consumo da humanidade. Atualmente, o consumismo é tanto e de tal forma excessivo, que as pessoas se esquecem de que tudo aquilo que temos é dado por uma força maior que tem de ser cuidada e estimada. Os oceanos não merecem os plásticos que lá flutuam; as florestas não merecem ser queimadas e os animais não merecem morrer por comer aquilo que outros animais, os dito inteligentes, deixam por aí espalhado.

Para piorar a situação, Portugal, aquele ponto no canto inferior esquerdo da Europa e muitas vezes confundido com Espanha, gastou os seus recursos naturais, reservados para 2019, no dia 26 de maio. Sete meses antes do final do ano e 21 dias mais cedo do que no ano passado. Como é que é possível um país, com cerca de 11 milhões de habitantes, esgotar tão cedo aquilo que lhe é dado?

Espero que daqui para frente, as pessoas tenham conhecimento daquilo que está a acontecer com o planeta Terra, com a sua casa. Sim, Trump, o aquecimento global existe e está a destruir a pouco e pouco a humanidade que tanto gostarias de dominar. Para além disso, os gases de efeito de estufas e o dióxido de carbono que deviam ser contidos e que tu ignoras, degradam os ecossistemas que nos dão a oportunidade de viver. Os recursos deste ano acabaram, é verdade. E não vão durar para sempre.