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Artigo de Opinião

DUAS FACES DA MESMA MOEDA

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Desde o resultado das eleições legislativas que muito se tem publicado sobre um dos novos partidos representados na Assembleia da República, o Chega. O partido referenciado como de extrema direita tem sofrido acusações, mais ou menos fundamentadas sobre as suas ideologias racistas, xenófobas que não vão de acordo com os princípios básicos da sociedade portuguesa, felizmente. Porém, um outro partido tem usado uma estratégia igualmente infeliz para ganhar reconhecimento e simpatia dos eleitores, o Livre de Rui Tavares e agora de Joacine Moreira, que sofre críticas infundadas e por vezes ridículas, no entanto parece escapar ao escrutínio face à sua falsa política.

Para os seus apoiantes, o partido representa o verdadeiro movimento defensor dos direitos da mulher, dos refugiados, das pessoas de raça negra e dos imigrantes de países menos desenvolvidos que Portugal. Joacine apresenta-se assim, como a defensora dos direitos humanos e das minorias, que quer assegurar-se que os mesmos são impostos e garantidos em Portugal.

Na verdade, o Livre não representa nada disto. Este é mais um símbolo do crescimento de movimentos extremistas, neste caso de esquerda, que procuram subir na vida e na política através da tentativa de vitimização e uso de causas nobres para proveito próprio.

Joacine pronuncia-se sobre o desrespeito e desigualdade que sofre enquanto mulher em Portugal, mas o país está cheio de grandes exemplos do género feminino, nas maiores empresas, no governo, nos diferentes partidos, no desporto que exercem o seu trabalho sem se vitimizarem, sem chorarem por apoios, sem usar o feminismo para obter favores ou serem favorecidas nas suas profissões. Paula Amorim, presidente da Amorim Investimentos e Participações, Cláudia Azevedo, presidente-executiva da Sonae, Isabel Mota, presidente da fundação Calouste Gulbenkian, Assunção Cristas, ex líder do partido CDS, Manuela Medeiros, fundadora da Parfois, Rosa Mota, campeã olímpica, Catarina Martins, líder do partido BE, Telma Monteiro, campeã europeia de judo, são todas grandes exemplos femininos que não usaram o seu género e as suas dificuldades, maiores ou menores, como bandeira de pobre vítima e conseguiram singrar e tornarem-se pessoas de sucesso nas suas áreas. A nível político mais especificamente, muitas outras mulheres fazem partes das listas dos partidos, mas também não vemos a mesma estratégia infeliz nesses partidos.

Da mesma forma, a líder do partido usa as questões raciais para se declarar como um pobre alvo de discriminação e tentar ganhar mais apoiantes que tenham pena do sofrimento da mesma. Mais uma vez, Portugal mostra-se um país com respeito, consideração e igual tratamento aos bons exemplos com diferente tom de pele que não usam o mesmo para benefício próprio, exemplos como o primeiro-ministro António Costa, Francisca Van Dunem, ministra da Justiça portuguesa, Eusébio, lenda do futebol português, Naide Gomes, campeã mundial de salto em comprimento, Patrícia Mamona, campeã da europa em triplo salto, Nelson Évora, campeão europeu de triplo salto, entre muitos outros.

Joacine Moreira é apenas mais uma pessoa com sede de poder e atenção, que usa nobres causas e movimentos para proveito próprio, sem pensar nas consequências que traz para as mesmas, pois são estes falsos representantes e defensores que levam ao crescimento do rancor e dos protestos para com estas causas, impedindo o crescimento destas e exponenciando o crescimento de movimentos fascistas de extrema direita.