Devaneios

O aceno

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Telmo encontrava-se na sua faculdade. Ao deslocar-se pelo corredor do segundo piso, reparou na rapariga dos seus sonhos, a alguns metros à sua frente. Nunca teve coragem para falar com ela. Seria este o momento? Provavelmente não, pois já estava atrasado para a sua aula de Bioquímica.

A moça esbelta, alta, de cabelo ruivo chamada Eduarda olhou para ele. Telmo, assustado, corou. Nisto, ela levantou o braço e acenou. Telmo, ainda mais corado e com o coração a mil, acenou de volta rapidamente sem refletir, com uma alegria imensa. “Reparou em mim!!!” – pensou feliz.

Eis senão quando, no segundo seguinte, Telmo olha para trás e constata que, afinal, ela estava a acenar para um outro rapaz. “Fiz figura de parvo…” – pensou tristonho. Entrou na aula 20 minutos atrasado e levou falta na mesma.

 

Miguel Barbosa

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