O hamster

Catarina tinha um hamster chamado Djidjo. Num dia de céu limpo e pacato, alguém bateu à sua porta.

– Quem é? – questionou Catarina.

– Ah, sou o Dr. Silva, cientista malvado – ouviu-se do outro lado da porta.

–  E o que é que o senhor quer?

– Olhe, eu vinha aqui raptar o seu hamster para realizar experiências científicas com ele e para o tornar num hamster mutante, de forma a conquistar o mundo com um exército de animais mutantes.

– E o que tem o meu hamster de especial?

– Olhe, o seu hamster vai ser o general do meu exército de animais mutantes.

– Não quer raptar antes o gato da vizinha do 3º esquerdo?

– Deixe-me entrar.

– Não, não deixo.

– Vou-lhe arrebentar com a porta!!!

– Não!!!

Ouviu-se um estrondo em todo o prédio. O Dr. Silva tinha entrado. Apressado, lutou contra Catarina tendo-a amarrado a uma perna da mesa e foi procurar o roedor.

– Rápido! Diz-me onde está o hamster!!! – exclamou o cientista malvado.

– Não! Nunca!!! – gritou a dona do bicho exasperada.

– Rápido! Já te disse!!! – reforçou o cientista

– Não lhe faças mal! Por favor!!! – gritou ela.

Eis que Djidjo salta de repente para cima do cientista malvado e morde-lhe brutalmente a mão. Aflito, o Dr. Silva foge do apartamento a sete pés.

– Para te agradecer por me teres salvo, hoje vou-te dar um pacote inteiro de cereais de chocolate!!!

E, depois de ingerir os cereais de Chocapic, o hamster faleceu.

Pós-Escrito: Para o leitor que não compreendeu a punchline, experimente dar alimentos com elevado teor em cacau ao seu animal de estimação.

Pós-Pós-Escrito: Agora a sério, não faça isso, os animais morrem se comerem chocolate.

Miguel Barbosa