Artigo de Opinião

Operação Verão: O Exercício da Auto-Aceitação

Published

on

Logo após os excessos cometidos durante a época natalícia, constata-se uma busca afincada e perseverante pelo famoso “corpo de verão”.

São muitos os anúncios, revistas, blogs e páginas de Instagram que realçam a dita estrutura física exemplar, brindando-nos com dicas que asseguram contribuir para o alcance da mesma. Estas, seguidas de produções fotográficas cujos modelos acompanham vivamente o protótipo referido, esculpem a pressão estética de que somente o corpo magro e tonificado é credor de biquíni.

Vivemos numa sociedade vidrada em padrões de beleza e estereótipos, colocando a saúde física e mental em último plano. A imposição do padrão de magreza, na generalidade, remete para dietas restritas e inadequadas que em nada resguardam a nossa saúde e bem-estar. Pelo contrário, ao concluir que a nossa constituição física nunca será idêntica àquela que as campanhas publicitárias conceituam, tal arquétipo ideal gera transtornos para toda a vida.

A barriga, o peso, as estrias e celulites salientam as inseguranças de múltiplas pessoas. A obstinada procura por esconder quem somos, consequência do preconceito com “corpos reais”, levanta um sentimento de frustração, conduzindo à privação da praia, do biquíni e até mesmo do nosso devido conforto.

O corpo perfeito, correspondendo ou não à norma, é o meu, é o teu, é o nosso. Quebrando rótulos e standards existentes, a sucessiva defesa pela liberdade de diferentes corpos torna-se necessária não só no decorrer do verão, sendo crucial ser-se feliz e resoluto em cada estação.

O conhecido “projeto verão” associado a dietas e treinos? Consiste, na verdade, num longo processo de valorização para com a realidade do nosso corpo, abraçando-o e aprovando-o tal como ele é. Afinal, mais do que merecedores do verão, somos também merecedores da aceitação e respeito.

 

Artigo da autoria de Sara Terroso

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Exit mobile version