Devaneios

O preço do Amor

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Cansado… consumido pelo tempo

Deitado sobre o areal da memória

Despojado de vida, amargo e pálido

Agora espectador da sua própria história.

 

Neste intermitente e tímido beijar marítimo

Petrificado pelo vazio, permanece a chorar

Imóvel carne de filho ilegítimo

Que pelo mar teve que dobrar.

 

Sem esperança, sem fado que o carregue

Converge azul de mar e céu

Sem amigos ou família que aconchegue

Neste triste fim que a morte carrega como troféu.

 

Sem medo ou memória da tragédia

Sucumbe ao colo daquele que outrora o fez florir

Nesta que não será a divina comédia

Amor, amado, paixão que preferiu partir.

Artigo da autoria de Diogo de Sousa

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