(Auto)confiança

“Acredita em ti”: sempre que me demonstro pouco confiante quanto aos meus trabalhos, textos, testes ou exames, entre muitas outras coisas (isto é, em praticamente tudo o que faço), estas são as três palavras que normalmente as pessoas me transmitem. No início, aceno com a cabeça, concordo e sigo o conselho… mas não por muito tempo, porque já sei que, na próxima vez que a situação se repetir, vou voltar a duvidar das minhas capacidades. Se isto é saudável ou simplesmente deprimente, deixo para vossa interpretação.

Curiosamente, quando outras pessoas se encontram nessas mesmas situações, digo exatamente o que me aconselham a fazer: “Acredita em ti”. Bem, isto é o que se chama “hipocrisia”, colegas. Então, dou um conselho aos outros que nem sequer consigo aplicar na minha própria vida?

Apesar de já estar a melhorar no departamento da autoestima e de estar a começar a seguir mais esse conselho, ainda continuo a ter pouca confiança própria e dificuldade em genuinamente acreditar nas coisas que faço. Por isso, continuo a pedir a aprovação das outras pessoas, em vez de confiar nos meus instintos e simplesmente aceitar o que fiz.

E o que me frustra mais é que sei que sou assim e que tenho estes comportamentos prejudiciais e contraproducentes e, por alguma razão inexplicável, continuo a ter estas mesmas atitudes. Ai, se houvesse uma solução qualquer… Ah, pois, preciso de verdadeiramente escutar e acreditar naquela frase de encorajamento!

Agora, como pessoa que dá conselhos que deveria aplicar na sua própria vida urgentemente, se vocês se sentirem pouco confiantes face ao vosso trabalho, capacidades, o que quer se seja, tenho só uma frase a dizer: “Acredita em ti”. Mas façam mesmo o que a expressão diz, porque, tal como Ralph Waldo Emerson dizia, a “autoconfiança é o primeiro segredo para o sucesso”, no trabalho, na escola e, mais importante, na vida.

Artigo da autoria de João Veloso