Devaneios
Procura
És água que corre
sentimento não parado
movimento dilacerante.
Vibração de nada
mistério intocável
pelos olhos de poesia.
Ouves o inaudível
que sobra do entardecer.
És espaço rarefeito
augúrio do amanhecer.
Flutuas na corrente
palpando cada desvio
colapso iminente
lugar não preenchido.
Sucumbes ao desespero
perante a nudez da alma
e colhes com o tempo
frutos de bonança
na esperança
de te encontrares.
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