Crítica

STAR WARS VII – O DESPERTAR DA FORÇA (FEMININA)

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Poder-se-ia adivinhar que o império e resistência galáctica, geracionalmente dominado por figuras heróicas e maléficas masculinas, elegessem agora um novo espírito de essência feminina?

Esta revolução não nos sugere um acontecimento aleatório, desprovido de significado. Que ensinamentos nos traz?

A história demonstra-nos que os grandes mestres para se consolidarem, invocaram a necessidade inabalável de se recolherem a espaços isolados, algures nos longínquos subúrbios dos sistemas, mudos e meditativos, procurando transcender as humanidades. O encontro com a Força constituía um processo moroso, árduo e profundamente disciplinado. A dominação da Força construía-se paulatinamente, sob a orientação dos mestres.

O novo espírito feminino aparenta violar todas estas institucionalizações. Surge, aparentemente, de um contexto socioeconómico vulnerável, experienciando realidades particularmente precárias, de dominação e exploração pura. Confrontada com a esmagadora ausência de uma figura orientadora, que a induzisse nos processos espirituais de autoconhecimento, percorre um caminho solitário. Este meio lega-lhe somente as condições para o desenvolvimento das suas capacidades físicas.

O confronto com os imensuráveis poderes da Força e a descoberta da sua sensibilidade, opostamente ao até então sucedido, ocorre num contexto de tortura física e psicológica, perante um dos maiores líderes do lado negro da Força. O novo espírito reage, com implacável destreza e emanando de si poderes nunca antes testemunhados!

Aqui se prostra a verdade sobre uma essência selvagem, ilimitada no tempo e espaço, transfigurando a matéria em luz, em caminhos de escuridão.

 

«Num lugar escuro nos encontramos e agora um pouco mais de conhecimento ilumina o nosso caminho»

(Yoda)

 

Que a força esteja convosco,

Mulheres de todas as galáxias!

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