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Crónica

RENASCER

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Carolina Campos

Carolina Campos

A útima edição da revista Vanity Fair, cuja capa foi dedicada a Catilyn Jenner, conhecida anteriormente pelo nome de Bruce Jenner, tem sido alvo das mais diversas reações.

Por ter nascido no seio de uma sociedade onde a mudança nem sempre é bem aceite, tenho visto com bons olhos que felizmente as mentalidades estão a mudar para melhor.

Claro que como em tudo existem sempre aqueles fala-baratos que tentam encontrar mil e um argumentos para tentar convencer as outras mentes que aquilo está completamente errado. Mas são precisamente esses que devemos ignorar e começar a usar aquela coisa que só nos lembramos que temos de vez em quando: o pensamento próprio.

Bruce Jenner, antigo atleta olímpico, deixou de ser homem para se tornar naquilo que sempre quis ser, uma mulher. Perante esta afirmação a pergunta mais comum será: porquê?

Bem, na minha opinião, o que se deve valorar neste caso não são as razões que a levaram a tomar esta decisão, mas sim aplaudir de pé a coragem de Caitlyn Jenner na adoção da sua verdadeira personalidade.

Vivemos num mundo de hipocrisia onde a pessoa que conhecemos hoje, que parecia o melhor ser humano a pisar o planeta terra, muda de conduta na hora seguinte, porque as coisas não correram da maneira que queria.

É por isto que o renascimento de Caitlyn Jenner deve servir de exemplo. Não vale de nada esconder quem somos para viver uma vida miserável e completamente desprovida de um bem tão precioso como é a felicidade. Devemos aplaudir estas atitudes e não minimizá-las ao ponto de não terem qualquer impacto. Devemos educar os mais jovens e até mesmo alguns adultos para a tolerância e para a compreensão, porque somos, de facto, todos diferentes e a caminhada até à felicidade difere de ser humano para ser humano.

A celebração do nosso verdadeiro “eu” deve ser levada a sério, sem a preocupação do “e se não gostarem de mim assim?”. Façamos isto por nós, por aqueles que já nos conhecem e por aqueles que ainda vão conhecer. Sejamos verdadeiros, mas mais do que isso: sejamos nós próprios.

 

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