Crónica

AMOR À PÁTRIA

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César Sousa

Na tropa vê-se mancebos com rostos viçosos, barbas podadas e fardas nos trinques que não escondem nas covas da pele o endurecimento e a firmeza de ser um membro das forças.

Militares que aprenderam novas formas de amadurecer sem recorrer à sazonalidade dos tempos. Não transpiram suor, mas vida militar. Emanam patriotismo, desejo de servir e orgulham-se disso.

Ao mesmo tempo, a chuva abria covas de água na terra, mas nenhuma seria tão grande quanto as que o homem, por desumanidade, cria. Vivem para lidar com terras conflituosas ou para se ajoelharam perante elas.

Homens e mulheres com coragem de loucos, propensões suicidas, sem telhas que cubram a cabeça e com o corpo a fazer de casa, onde balas são, por vezes, convidadas indesejadas.

Essas tragédias que sujam as paisagens e os homens e que devolvem à terra um estendal de corpos, partidos aos pedaços, muitos dilacerados, após a explosão das bombas. E quão injusto e inglório é devolver à terra estes homens. Ainda que fique escrito em todas histórias e de quem ficará a memória do nome.

O problema está na pontaria destes militares – o partido deles não é o amor, é uma subdivisão dele: o amor à pátria.

 

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