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AS COISAS QUE MAIS GOSTO NA VIDA VIII – DE COIMBRA, NÃO COM AMOR, MAS COM UMA DOR DE PERNAS

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Quem tiver tido paciência para ler o título todo, saberá que o tema deste mês é Coimbra.

Também os que se deram ao trabalho de ler o último parágrafo têm igualmente conhecimento de que neste chuvoso mês de Abril vamos debater o tema “Coimbra”.

E assim sucessivamente.

Não irei maldizer a cidade estudantil – não fosse ela ser bonita q.b. e, até um pouco mais, ter um fabuloso ambiente que não se explica lá haver, numa rua em frente a um campo de futebol, um papagaio que se diverte lá da varandinha dele a sabotar os jogos, imitando o apito do árbitro.

Aqui a questão é outra: esta capital de distrito só pode ter sido desenhada por uma pessoa – Maurits Cornelis Escher. Ou só “Escher” para os vizinhos. Coimbra é a maior ampliação do paradoxo das escadas intermináveis alguma vez construída. Porra! aquilo é sempre a subir! E como se não bastasse um dos pontos principais do centro são As Monumentais. Adivinhem. Exatamente! É uma escadaria enorme.

Tem jardins muito agradáveis.

A mãe de todas as Universidades Tugas (UT), banhada pela rio Mondego, tão aclamado por Camões, é também palco de grandes e emocionantes emoções, particularmente quando se tenta atravessar uma passadeira. Achei curioso os semáforos terem um sistema de contagem decrescente, que é para um gajo ver se tem tempo para rezar o terço antes de arriscar a vida na tentativa de atingir a outra margem do passeio, através de um oceano de asfalto no qual o atropelamento é altamente provável.

“Coimbra tem mais encanto na hora da despedida”, pois tem! Isso vos posso garantir, porque do centro para a estação é sempre a descer! Finalmente uma descida. Ao apanhar o comboio até se me brotou uma lágrima cristalina com tamanha comoção!

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