Devaneios
aviso ao inimigo
não tentes entrar:
eu sou inexpugnável.
altas e fortes
são as minhas muralhas:
construí-as na solidão dos meus anos,
com a derrota dos meus medos
e testei-as contra os meus piores pesadelos
não tentes invadir-me:
eu sou inviolável.
grandes, ferozes e leais
são os meus guerreiros,
escravos libertos da tua opressão,
sedentos de vingança,
que rejubilarão com o teu sangue nas mãos
não me tentes persuadir
a aceitar umas tréguas:
não sou influenciável.
não me deixo seduzir
por promessas com sabor a veneno
nem faço acordos em areias movediças,
território da traição
desiste
retira-te
vai
não me vencerás
Artigo da autoria de Sandra Luísa Soares