Devaneios
EDUCAÇÃO SEXUAL
Estou preocupado com a gravidez na adolescência. Ultimamente tem-me acontecido imenso. Acho que se devia apostar na prevenção, talvez dando umas hormonas quaisquer às raparigas que as façam largar os óvulos todos e entrar na menopausa aos 7 anos. Podíamos tornar-nos num país de Teresas Guilhermes, e sei que ninguém quer isso, mas sempre se resolvia o problema. Ou então, fecham-se as raparigas num quarto dos 12 aos 17 anos, como cerca de 70% dos adolescentes já faz por iniciativa própria, mantendo-as à base daquelas bolachas com recheio de morango e de papel absorvente.
Outra solução seria aproveitar a tradição judaica da circuncisão dos rapazes bebés e começar a castrar os bebés à nascença. Se é para mutilar genitalmente crianças, é para mutilar genitalmente crianças, mas sem tretas. Seria ótima para as óperas que já não têm Castrato (homens castrados em pequenos para soarem sempre como uma criança e fazerem papéis femininos em óperas) há um bom par (alerta trocadilho) de séculos. E acho que isto ajudou a aumentar a pedofilia em todo o mundo. Digo isto, porque quando existiam os Castrato, os pedófilos podiam ir à sala de ópera, fechar os olhos, baixar as calças e sempre se acalmavam um pouco. Um pouco como eu faço nas óperas normais. Ou em snack-bars junto à praia. Ou em qualquer outro sítio que não tenha uma fotografia minha com um traço vermelho por cima ou uma providência cautelar que me impeça de chegar a menos de 12 mil km do local.
Eu gostava de ter um útero. Não dentro de mim, mas como um acessório, uma necessaire, podemos-lhe chamar, se tivermos um poster do Manuel Luís Goucha. Agora com o preço das sacas de plástico a aumentar, dá jeito para ir às compras, sufocar crianças “acidentalmente” e para usar como meio ineficaz de contraceção. Ou como meio muito eficaz de contraceção, dependendo da pessoa a quem pertencia o útero inicialmente.
Seria mesmo ótimo para ir às compras. Tenho a sensação de que os corredores se iriam esvaziar rapidamente. Era giro se o útero viesse com as trompas de Falópio para facilitar o transporte. Ou mesmo com um bebé lá dentro, para eu poder criá-lo à base da agricultura biológica, sem pesticidas, nem nada disso. Ou então a Knorr, ou alguma empresa do género, podia criar um útero com um mini-bebé lá dentro e que bastava pôr 5 minutos no micro-ondas a incubar et voilá!, ficamos com uma bela sopa de rabo-de-boi.
Tenho de ir agora, porque hoje faço o turno da noite como voluntário no Magalhães Lemos. Andam-me a tentar convencer que o sistema de turnos não se aplica aos doentes, mas tenho as minhas dúvidas.
Sayomcnamara!