Devaneios

ODE AO MAR

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Joana de Sousa

Mar de coral que ninguém semeia,
Nasce por mistério e por de entre a areia.
Na aurora da noite,
Quando mais sinto a tua ausência;
Quando de mim tomam conta todos os meus medos;
E quando me lembro daqueles dias de Agosto,
Onde brinquei e sonhei com toda a minha inocência
Desde o sol-posto
Nas pequenas poças por de entre os rochedos.
Na orla imensa de espuma,
Onde sempre encaro o horizonte sem fim molhando os pés,
Assim como o fiz em todas a marés,
Ou quando da minha janela via o mar em dias de bruma.
Este mar que é parte do meu ser,
O mar que trago no meu coração
E que de mim leva toda a mágoa.
E onde ao anoitecer,
Pequenas criaturas e sereias emergem da água,
E nos chamam para nadar
Em noites de luar.
Jaz minha alma junto do leme,
Uma alga e um búzio na mão
De um coração que treme.
Ondas do mar onde todos os meus sonhos estão submersos.
Ali afogo o meu medo
E o receio e terror dos caminhos adversos.
A imensidão do mar enche a minha alma…
E essa é a vastidão
Que trago em meu coração;
E nos olhos que encaram os teus;
Junto dos búzios que encontrei no mar,
E que de volta os ofereci por tanto o amar.

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