Devaneios
HERBERTO HÉLDER
Pela poesia faço o luto…
A qual, tantos dias me haverá absorvida.
Como uma árvore sem folhas,
Ou frutos…
Desnuda e sem vida.
Poesia de emoções e escolhas,
E corações…
Da chama ardente…
De uma alma
Que se eternizou a escrever.
E a nós nos havera concedida
A dádiva querida da sua escrita.
A poesia que hoje fica carente,
Deste singular ente,
Ausente…
Por quem chorámos até ao amanhecer,
Na certeza, contudo, de que o seu génio restará para sempre.
Em memória de Herberto Hélder, falecido a 24 de Março de 2015.
HH
(1930-2015)