Devaneios
QUE ACONTECEU AO AMOR?
Torna-se difícil atribuir causas a esta mudança de paradigma e não ponho de parte que cada um ama à sua maneira e que existirão exceções à regra, mas o facto é que a juventude de agora quer tudo rápido e com o mínimo esforço possível, preferindo exercitar o corpo no ginásio do que a mente, o que por sua vez acaba por se refletir um pouco no romance, dotando-o de feições mais rudimentares e superficiais, já para não dizer que o romance de hoje em dia peca muito pela falta de esforço, assim que se entra na relação e se pensa que a outra pessoa está “garantida” e nos vamos desleixando. Desengane-se quem pensa assim, pois o amor é um esforço contínuo com muitos obstáculos e desafios pela frente, mas que, tal como os rios e seus afluentes, desaguam numa única direção que é o mar do bem-estar e felicidade mútua, para que ambas as partes se completem uma à outra.
Sem querer tornar isto uma reflexão demasiado metafísica, afirmo que o amor, tal como o romance, se quer ideal, paciente e, sobretudo, livre de egoísmos, mas se todos (ou quase todos) nascemos com a capacidade de amar, devemos exercê-la na sua plenitude e de coração aberto mais pela pessoa e não pelas aparências. Enfim, vivemos na era do “Amor superficial” ou será “Amor pelo superficial”?
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Sara
28/04/2015 at 09:28
Bom ver que ainda há jovens que se preocupam com estas questões básicas e essenciais da vida!
É decepcionante olhar para a sociedade atualmente e ver que os seus feitos não passam de os olhos postos no ecrã do telemóvel. Tenhamos a coragem de ser emocionalmente vivos e marcar o nosso caminho com princípios que devem ser sempre lembrados.
Parabéns pela reflexão, João Silva!