Devaneios
ALTAR
Olho imóvel o altar em silhueta
Em anjo de sexo, onde fumo extinguido de espírito santo
Solta calores velozes, águas bentas e rezas de esmola.
Vinca-se o tapete vermelho com frio secular.
O Olhar desviado no lado profano da encarnação,
Deita-se na toalha rendada em virgem de penitência
De sujo pensamento me tento libertar,
Pecado em chuva quente no sírio gelado.
Pedra sobre pedra solta o gemido fruto
Intrínseco em atividades benzidas.
Confissão em posição de latim inefável
Venero-me em loucura sonhada.
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