Devaneios
CHUVA
Ambiente prostrado da chuva voluptuosa,
Sentindo o vermelho do presságio ofegante.
Reclinou o corpo no desejo salubre,
Olhando perdidamente o encontro impetuoso.
Cálices deixados na berma da vida desastrada,
Esperançando o retorno da esperança,
Davam a mais suave brisa elegante
De encontrar o desalento consagrado.
Beijos marcados sem marca alguma,
Transcendiam a derradeira vontade castradora.
O engrenar na aventura álacre,
Na embraiagem dos inerentes sentidos lascivos.
Porém todo este enorme quadro pintado,
Pintado fora pelos poetas da fronteira deprimente…
Será a portagem da imprudência,
Numa irreverência desmedida?!
Ou seres libertados na sua essência,
Da fachada que construíram na vida?!
A aliança caiu sem significado algum
Quando aquele beijo emotivo se deu…
Terei sonhado a realidade?
Ou vivido o Sonho?
Alguém que me diga.
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