Devaneios
IDADE DA TERNURA
Olham-se humedecidos na ternura sublime,
Agarrados num tempo sem conta.
Íntimos de uma existência esgotada,
Transcendendo os olhares apavorados
Dos cônjuges que se amam na “perfeição”.
Lábios fremidos encostam,
No seguimento dos corpos diletantes,
Uma meia dúzia de dedos trémula,
É direcionada na dúzia e meia de sulcos profundos.
Seduzem o Amor como da primeira vez,
Aprimorando o sentimento da paixão.
Um vago lustre de nostalgia faz recordar,
O Amor Carnal que o fez cair neste enlaço.
E Agora,
Neste ou naquele momento perito,
Gozam o clímax concomitantemente
No orgasmo de uma vida construída.
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