Devaneios
MEMÓRIA PERDIDA
A minha memória perdeu
O esquecimento que soube agarrar o passado.
A visão cegou em quadro pintado
O tempo que se quebrou na escrita do “orpheu”.
Ignorei o que haveria de conhecer,
Limpando que quis que se tornasse em visão
De imagem a retrato em pesquisa de saber
Rasguei a folha de apontamento pedindo perdão.
Prometi a singela promessa
De corpo meu, onde o erro falhado
Ultimou-se como objetivo desejado,
O que não quero desfoquei em chuva tardia
Pensando ignóbil na ideia do que sou.
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