Devaneios
FAÇAM-SE PREVISÕES
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Façam-se previsões
Sobre o ano recém-chegado.
Sejam constelações cruzadas
Ou satélites caminheiros.
No meio de tanta celestialidade,
Eis a verdade.
A tal que descortina com opacidade
O futuro na sua eventualidade.
Acredito na profecia astral,
Num aparente embuste
Que se sustenta num trémulo fuste.
Associação correta e leitura magistral
Sobre quem sou, quem fui,
Quem pretendo ser,
Seja em ano chegado
Ou no que se remete ao ambicionado.
Façam-se previsões,
Por mais incertas e variáveis.
Esquematizem-se rumos
Que deixem sonhar, mesmo que não palpáveis.
Porque a verdade quer o sonho,
Mesmo que o negue em caso de segurança.
Façam-se previsões, derivando nas estrelas.
Eis a viagem na tão nossa original herança.
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