Devaneios
TARDE SEM RELÓGIO
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Ricardo dos Santos
Sopras ao vento na tarde sem relógio.
Simplesmente a flor descansa no ombro fascinado.
Ali, uma rosa ouve a liberdade da noite que se avizinha,
No qual, o jardim corado envolve seres desprendidos,
Como quem dá um beijo a um pequeno rebento.
Apaixonei-me pelo sol.
O vento seduz a minha vontade libertina.
Aquela culpa será tua se me aproximar,
Pedindo a água que nos ajude a navegar.
Vou regar a flor, o jardim platónico
Que nos faz olhar em nossa volta.
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