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ABRIL, O MÊS DA LIBERDADE: SEMEAR OS CRAVOS NAS ESPINGARDAS DOS SOLDADOS OU NOS JARDINS DOS POLÍTICOS?
Joana Ribeiro Santos, 23 anos, UTAD
Semear cravos nas espingardas dos soldados fez sentido quando o povo sentia vontade e tinha a coragem e a determinação de sair à rua. Hoje em dia já não se luta pela liberdade. Todos pensam que lhes é garantida. A verdade é que vivemos numa falsa democracia e mais do que semear cravos nos jardins dos políticos, há que os semear nos nossos jardins. O povo tem o poder mas esquece-se disso. 25 de abril é uma data que me diz muito porque eu já nasci num país livre. Tenho uma inveja boa daqueles que fizeram o 25 de abril. Gostava de ter lá estado também. Há um espírito revolucionário em mim. Acho que cada cidadão tem de ter um jardim cheiinho de cravos. Depois há que colhe-los e deixá-los à porta dos reaccionários. A liberdade é algo volátil e podemos (e estamos) a ser manipulados com esta falsa ideia de que somos livres. 25 de abril, sempre!
João Barbosa, 23 anos, FEUP
Para mim os cravos mantiveram-se onde estão, o jardim é que mudou de propriedade. As espingardas foram meras figurantes.
Joana de Sousa, 24 anos, FLUP
Acima de tudo relembrar o que eles representam: liberdade. A coragem dos nossos Capitães de Abril jamais deverá ser esquecia e a conquista da nossa liberdade jamais deverá ser dada como garantida. Semearemos então cravos nos nossos jardins e nos dos políticos, encheremos então Portugal de cravos, levaremos a liberdade de novo à rua tal como esta saiu a 25 de Abril de 1974.