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Artigo de Opinião

A Guerra da Ansiedade

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No passado dia 24 de fevereiro o mundo parou para ver o início de uma Guerra entre dois países vizinhos: a Ucrânia e a Rússia. Longe de imaginar que voltaríamos a passar por momentos de Guerra na Europa, vemo-nos, agora, cercados por notícias que mostram o terror vivido na Ucrânia e que nos transportam para os cenários mais tristes e devastadores.

Com o despertar de uma guerra, despertam também em nós sentimentos de ansiedade e um aperto no peito que deixa agora de ser figurativo. Afinal, a nossa ansiedade aumenta significativamente quando somos deparados com a mudança, com a insegurança, com o medo e o incerto, e quando ultrapassamos um período de grande instabilidade como este.

É importante que entendamos a naturalidade do que sentimos, assim como tentarmos controlar ou amenizar os sentimentos menos positivos que podem advir deste clima instável. Assim, existem alguns conselhos que devemos seguir, de modo a contribuir para o nosso bem-estar e para a diminuição da nossa ansiedade em relação a este assunto.

Se pudesse dar um conselho geral seria: reduzir o tempo que dedicamos a esta questão. Sabemos que é importante mantermo-nos informados, contudo, a constante procura por informação pode desgastar-nos. Assim, devemos procurar saber, unicamente, as atualizações de forma breve, e não nos “auto-massacramos” com uma imensidão de notícias.

Ainda no âmbito da informação, nunca é demais lembrar que devemos sempre questionar a origem da informação a que temos acesso e que o ideal será pesquisar em fontes honestas e fidedignas. Informações falsas podem sempre ser um gerador de stress e ansiedade desnecessário.

De modo a conseguirmos distrair-nos destas notícias, devemos procurar fazer coisas que gostemos e que nos deixem mais bem-dispostos: ver uma série, passear, praticar algum tipo de desporto, são exemplos de bons hábitos que muito provavelmente nos farão distrair e passar umas horas mais felizes.

Por fim, é de destacar a importância de não ter medo de pedir ajuda, quer a familiares e amigos, quer a profissionais. Não devemos aceitar como premissa que, enquanto a situação se mantiver, não vamos conseguir estar bem. Aceitar que precisamos de ajuda é um passo super importante e, a partir dele, advêm melhorias na nossa saúde mental. Existe, também, a possibilidade de contactar alguns números, propositadamente criados para a ajuda em crises de ansiedade como o “Centro SOS Voz Amiga”, através dos seguintes contactos:

Telef.: 21 354 45 45 – Diariamente das 16 às 24h
Telef.: 91 280 26 69 – Diariamente das 16 às 24h
Telef.: 96 352 46 60 – Diariamente das 16 às 24h

Nestas alturas, é importante saber que não estamos sozinhos. Que todos nós sofremos ao pensar no que possam estar a sentir as vítimas de uma guerra que não parece ter fim.

Resta-nos tentar ajudar, caso assim o possamos fazer, e esperar que a paz esteja para breve!

Artigo da autoria de Daniela Silva