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Artigo de Opinião

“O ALTRUÍSMO DOS SENHORES DA GUERRA”

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Diogo Rodrigues da Silva

Diogo Rodrigues da Silva

Se ao longo da existência da humanidade é por demais evidente que a Guerra é um acontecimento cíclico e, tendo em conta a natureza humana, quase inevitável, bem ainda que essas Guerras são criadas sempre para defender um bem que alguém considera como “um bem superior, maior, e inviolável” –  o que já de si é uma demonstração de profunda individualidade –  temos agora também os Senhores da Guerra altruístas. O pioneiro nesta matéria parece ser o Presidente Americano, Barack Obama, que em comunicado veio ontem dizer que a Guerra contra o Estado Islâmico é uma guerra de todos. De todos? Mas de todos quem? Algo me diz que este altruísmo não se aplica a questões monetárias. Apartes.

O mesmo Chefe de Estado no dia de ontem em Assembleia Geral das Nações Unidas presenteou o mundo com um discurso promotor da responsabilização coletiva no que à Guerra diz respeito, alegando que o mundo encontra-se “numa encruzilhada entre a Guerra e a Paz”. No entanto, algo me diz que estas palavras chegaram tarde. A Guerra está mais do que instalada e o efeito dominó já se faz sentir nos estados Islâmicos e na Austrália, que já contribuíram nos últimos ataques à Síria e ao Iraque. À porta temos uma Rússia a implorar por razões e pelo momento certo para intervir contra o mundo ocidental, sedenta por provocar estragos e provar que a “Guerra Fria” apenas hibernou e acordada desse sono está mais quente e feroz do que nunca.

No seu discurso, Barack Obama apelava ainda à interajuda no combate àquilo que considera ser o presente, “uma instabilidade no sistema internacional” provocada “pelo cancro do extremismo violento”. Dito isto, em breves moldes, entende-se a forma como este Chefe de Estado elaborou um discurso que facilmente alicia os desejos bélicos, tentando fazer de uma Guerra sua, uma Guerra de todos! A questão que se pode colocar é a de saber porque é que esta Guerra se instalou. Com base em que factos? Tudo o que conhecemos não passa de vídeos nos media, factos contados mas que ninguém conhece, situações desastrosas que foram prevenidas graças ao “grande” Estado Americano mas que ninguém conhecia. No fundo, é uma verdade que nos está a ser impingida pela forma veemente como a transmitem, cuja veracidade desconhecemos. Nada nos diz que tudo isto não passe de um embuste à escala mundial.

Foi também revelado em Assembleia Geral das Nações Unidas que existe pretensão de ajudar o estado Sírio e Iraquiano a evacuar a sua população para minimizar os estragos que serão feitos pela artilharia bélica nos próximos tempos. Penso que esta atitude em tudo parece uma forma de ganhar espaço para fazer uso de armas de destruição maciça, quase como atuam os valorosos homens da vida agrícola, que antes de cultivar têm de lavrar a terra para depois plantar aquilo que bem entenderem. Creio que os Estados Unidos preparam-se para “lavrar” uma terra que não lhes pertence para plantar aquilo que é seu e, com jeitinho, daqui a uns anos até adquirem aquele território por usucapião, ou melhor diria em jeito de brincadeira, por “usucampeão”.

Há! Mais. Barack Obama diz que “nenhum Deus aprova o terror”. Não bastava o altruísmo exacerbado que foi demonstrado por estas pessoas exemplares que salvam o mundo de males que ainda não chegaram como ainda podemos admirar o discurso de um homem que parece conhecer Deus na primeira pessoa e que Lhe sabe os desejos, mas que, ainda assim, pratica também ele o terror! Enfim…

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