Artigo de Opinião

A GUERRA DO “RESFRIADO”

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Diogo Rodrigues da Silva

Dado o privilégio que tenho em escrever para todos vós, vou abusar um bocadinho da sorte e escrever como quem tem a sua própria rubrica, num abuso (des)propositado da ironia e do sarcasmo, abordando a miríade de temas que nos encheram os ecrãs e rádios nos últimos tempos, dando sentido à expressão “rir para não chorar”.

Pois bem. Ouvi dizer que nos últimos tempos estamos a ser visitados frequentemente por militares Russos. Não que eu tenha alguma coisa contra ir dar um “giro” de vez em quando pelo mundo fora, mas alguém tem de os informar que dar passeios com caças da força aérea é capaz de não estar na lista de boas maneiras da Paula Bobone. Quando cá apareceram de navio militar, pensou-se que era a nova aquisição da Douro Azul para viagens de subida no rio Douro, mas, depois de tentarem falar com o comandante, perceberam que ou era o navio fantasma ou os Russos são um povo muito envergonhado. Preocupado ficou o digníssimo Paulo Portas que terá pensado que havia perdido de novo os documentos da aquisição deste navio. Também já pensei que podiam andar a treinar para o Red Bull Air Race, mas depois apercebi-me que, atendendo ao trajeto que vinham fazendo ao longo de toda a Europa, deveria ser mais um tipo de “iron man competition” aéreo, porque era mais coisa de fundista. E, tendo em conta a quantidade de bombas que lá traziam dentro, estavam a treinar cheios de empenho. Mas, como diz o outro, “no pain, no gain”.

Depois pensei melhor e cheguei a outras conclusões. Será que os Russos andam também eles em Estado de “Citius”? Lá se avariou o sistema de navegação do navio e, porque ouviram que por cá andava uma ministra a tentar arranjar “programas informáticos”, pensaram que tinham o problema resolvido, estando eles por perto. Bem, o plano saiu ao lado. Quando cá chegaram, já a ministra passou a pasta da “correção de erros seus” para duas pobres criaturas que estavam no lugar errado, à hora errada, com o cargo errado. Podiam sempre ter optado por fazer a vontade à Excelentíssima Ângela Merkel e usufruir da vasta oferta de licenciados portugueses que esta diz existir em Portugal, a ver se algum lhes arranjava o sistema de navegação. Certo é que isso também não aconteceu.

Depois disto, tive ainda uma ideia mais delirante. Será que os militares Russos não passaram nas imediações de Timor Leste e nos deram uma mãozinha, trazendo consigo os magistrados que por lá viviam e que foram escorraçados pelo nosso sempre amigo Xanana Gusmão? Se assim fosse, até compreendia o passeio. Depois de se ser expulso por incompetência de um país, no mínimo, têm de lhes oferecer um cruzeiro pelo mundo. E bem vistas as coisas, com políticos tão diplomáticos como os nossos, um cruzeiro resolve tudo. Passos Coelho bem que enviou carta a Xanana Gusmão, mas, quando a carta lá chegou, já os magistrados tinham as malas feitas.

Não sei se é de mim ou se o mundo está uma anedota. Talvez o mundo tenha apanhado um resfriado e esteja agora num espirro ou outro a mandar tudo quanto é lixo cá para fora. Só espero que não seja contagioso…

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