Artigo de Opinião
CIDADANIA ATIVA
Não é problema o facto de um povo querer erguer-se sem a ajuda de terceiros.
Em termos de controlo de um país por um grupo de representantes ou de cidadãos comuns, não é errado expor a ideia de medidas sociais apenas expostas aos cidadãos nacionais.
Errado é pensar e agir de acordo com uma hierarquia seja ela sectorial, cultural, racial, de género, que possa, no limite, transpor a barreira do que é socialmente aceitável no país vizinho. Não há direito de impor pela força, física ou moral, o que não é natural aos cidadãos do país invadido.
A religião aliada a um grupo, comunidade, país, é a base da integridade e estabilidade da sociedade enquanto tal. A harmonia societária só pode ser atingida tendo por base a equidade, logo não pode ser em pleno século XXI a Igreja fonte de estabilidade das sociedades. Já não é possível que assim o seja. O caminho tem de ser numa outra direção, que divida cada país por sua cultura, mas que os unifique na tolerância da diferença. Só assim será possível qualidade de vida e minimização de conflitos armados e mesmo de Imprensa (morais).
A partidarização de vontade política deveria então ser substituída por vontade de cidadania. O caso português explicita que os Partidos apenas governam em maioria absoluta ou coligação partidária, logo é verificável a falta de preparação e eficácia dos nossos governantes. Os resultados das eleições demonstram apenas a apatia popular e, como tal, não é a vontade do povo que está a ser tomada em consideração, mas sim a vontade de uma minoria. A que vota.
Levar um país a Bom Porto tem de, necessariamente, passar por abdicar do orgulho de pertença a um partido, ainda que cada um deles com ideologias diferenciadas, e focar apenas, e só, a mesma meta, partindo, seguindo e acabando, todos, o mesmo caminho. Ao invés de doutrinar as juventudes partidárias, acabar com essas mesmas juventudes uma vez que os partidos, detentores dessas mesmas juventudes fazem com que o ciclo de mediocridade e de ideologias grupais seja perpetuado.
Sendo a vontade social muito superior à vontade política, o decurso da história, com certeza, irá decretar o fim da multi-partidarização, uma vez que os partidos foram erigidos em cima dos direitos da população, esmagando quem debaixo deles se encontre. Os direitos, liberdades e garantias, não sendo respeitados por quem os deveria assegurar, dão margem a uma revolução social como forma de imposição da Democracia que há muito é apregoada, acabando com o estado atual da Nação que vive subjugada por partidos (da Esquerda à Direita).
A partidocracia tem de ser renegada a bem do Homem comum.