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DONALD TRUMP: DIZ-ME A TUA EQUIPA, DIR-TE-EI QUEM ÉS

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Entre figuras mais e menos controversas, com nomes pouco e muito sonantes, a equipa de Trump conta com senadores, super generais, antigos membros do Goldman Sachs e estrelas de Hollywood.

Rex Tillerson – Secretário de Estado

De todos os nomes anunciados até agora, o de Rex Tillerson, apontado para o cargo de Secretário de Estado, é o que tem causado mais controvérsia. As fortes ligações a Moscovo e a carreira no setor petrolífero têm levantado suspeitas relativamente ao rumo que Rex Tillerson seguirá na governação, nomeadamente junto dos legisladores. A aprovação de Tillerson por parte do Congresso chegou mesmo a estar em causa, devido aos perigos que poderá representar a nível interno e externo. Os analistas políticos internacionais afirmam que a sua nomeação é um marco nas relações entre os Estados Unidos e a Rússia devido à proximidade de Tillerson a Putin. As organizações de direitos humanos e ambientalistas têm-se mostrado reticentes em relação à escolha de Trump, invocando os seus anteriores negócios.

Stephen Bannon – Conselheiro da Casa Branca

O novo conselheiro da Casa Branca iniciou a sua carreira na Goldman Sachs, onde viria a desenvolver um fascínio pelo mundo dos negócios e do investimento. Seguiu-se uma passagem por Hollywood – como produtor – e a chefia de um canal de televisão fortemente conectado com a “Alt-right” (direita alternativa), o Breitbart News. Bannon é descrito como uma figura sinistra, racista, xenófoba e misógina, tendo sido apelidado pela Bloomberg como o político ativo mais perigoso dos Estados Unidos. Foi um dos rostos de destaque da campanha de Trump, tendo sido um dos principais “estrategas” da mesma.

Michael Flynn – Conselheiro da Segurança Nacional

O general Michael Flynn, principal conselheiro de Trump relativamente à segurança nacional durante a campanha eleitoral, simboliza a experiência numa administração com membros oriundos dos mais variados ramos. Não é um novato no desempenho de funções de alta importância, tendo ocupado temporariamente o mesmo cargo durante o mandato de Obama. Em 2014, Flynn foi despedido devido às suas declarações anti-Islão e teceu críticas às políticas do então presidente, culpando-o pelas falhas na luta contra o terrorismo.

James Mattis – Secretário da Defesa

Apelidado de “cão louco” pelo presidente eleito, James Mattis, é um antigo general da marinha, que chefiou missões na guerra do Golfo, no Iraque e no Afeganistão. O “general dos generais” é visto como uma figura lendária do exército americano e reúne a admiração de muitos colegas. Manifestou-se publicamente contra o acordo nuclear com o Irão, afirmando que este iria impedir a paz na região nos próximos anos. A nomeação de Mattis para o cargo vai obrigar o Congresso a aprovar uma nova lei, uma vez que a presente legislação proíbe que generais reformados há menos de 7 anos exerçam cargos políticos.

Jeff Sessions – Procurador Geral

Jeff Sessions faz parte do núcleo mais restrito de Donald Trump e foi um dos seus principais conselheiros políticos durante a campanha. Desempenhou a função de Representante do Estado do Alabama durante 20 anos no Senado, onde criou inúmeros entraves à governação de Barack Obama. Sessions é tido como uma figura polémica, tendo-lhe sido apontadas ligações ao movimento Klu Klux Klan. A sua postura relativamente a questões controversas como o casamento entre pessoas do mesmo sexo, alterações climáticas e deportações de imigrantes ilegais tem suscitado algumas inquietações, uma vez que terá a seu cargo a defesa dos direitos civis.

Steve Mnuchin – Secretário do Tesouro

Após 17 anos a exercer a função de banqueiro no Goldman Sachs, Mnuchin abandonou o seu cargo no maior banco de investimento mundial para se tornar tesoureiro da campanha eleitoral de Donald Trump. As ligações desta instituição ao cargo de Secretário do Tesouro não são novas, uma vez que Steve Mnuchin é o terceiro banqueiro nas últimas quatro administrações a exercer as referidas funções. Reconhecido em Wall Street, Steve Mnuchin é outro dos homens fortes de Trump a ter ligações a Hollywood onde representou, produziu filmes e investiu o seu dinheiro.

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