Política
NATO: Finlândia fecha adesão, Suécia na reta final
Está concluído o processo de adesão da Finlândia à NATO. Após um ano da candidatura finlandesa, marcada por alguma oposição de estados-membro, particularmente a Turquia, a adesão finlandesa foi oficializada na última terça-feira.
O Presidente da Finlândia, Sauli Niisto, já havia assinado, no dia 23 de março, o documento que celebra a entrada do seu país na Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO). Depois de em maio de 2022 ter iniciado a procura à entrada na NATO, fruto da guerra na Ucrânia, o parlamento finlandês aprovou no primeiro dia de março a legislação que permitia a adesão. Ficara pendente da Hungria e da Turquia, reticentes à sua entrada.
A Hungria, pela voz do Ministro dos Negócios Estrangeiros, Peter Szijjarto, garantiu ao homólogo finlândes que segunda-feira, dia 27, o parlamento húngaro iria aprovar a adesão da Finlândia à NATO.
A Turquia, através do seu Presidente, Recep Tayyip Erdogan, anunciou, no passado dia 23, que daria o aval ao país nórdico, aprovado no parlamento no mesmo dia. A entrada da Finlândia na NATO passaria, assim, a requerer apenas a confirmação oficial em assembleia-geral, depois de ter obtido as aprovações de Budapeste e de Ankara.
Na outra costa do golfo de Bótnia, o Parlamento da Suécia aprovou no passado dia 22 de março um projeto de lei que permite à Suécia entrar na NATO, assim que a sua candidatura seja aprovada por todos os membros da aliança. Acompanhando o vizinho nórdico na data e no motivo, a Suécia candidatou-se em 2022 à aliança militar trans-atlântica. Com o processo mais atrasado comparativamente à Finlândia, vê neste momento a sua entrada pendente devido às inconformidades apresentadas pela Turquia e pela Hungria. Enquanto a primeira se prendia essencialmente com o desacordo em processos de extradição relativos a alegados membros da organização PKK, considerada terrorista pela Turquia, a segunda adiou indefinidamente a discussão do assunto em questão, levando o Primeiro Ministro da Suécia, Ulf Kristersson, a procurar explicações para o parlamento húngaro estar a separar os processos dos países nórdicos.
O pedido de adesão [e possível consequente entrada] da Finlândia e da Suécia à NATO colocam um ponto final às suas históricas políticas neutrais. No entanto, os diferentes estados atuais dos processos apontam para que a entrada não será ao mesmo tempo. A rápida adesão à organização é uma visão comum aos dois países, que tem por objetivo a participação na próxima Cimeira da NATO, em julho, na Lituânia.
Texto por Bruno Oliveira.
Editado por Vasco Castro