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Política

POLÍTICA E UM CAFÉ: ADOÇÃO POR CASAIS HOMOSSEXUAIS

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Quando o tema “adoção por casais homossexuais” é posto em cima da mesa, para se misturar com o aroma do café, surgem duas opiniões: uma a favor e outra contra.

Joana Barata Lopes está do lado do sim e admite ter votado a favor da coadoção. A deputada do PSD diz ter-se informado acerca do assunto e ter chegado à conclusão de que faz sentido estender a parentalidade a quem estiver com o pai ou com a mãe da criança: “Aquela família que já vive enquanto família pode ter uma relação legal dentro dela.” e diz que a sua linha de raciocínio lhe pareceu “relativamente simples”. A deputada acrescenta, ainda, que o Estado quando entrega uma criança para adoção avalia a “idoneidade da pessoa que é candidata à adoção” e que o mais importante é que o Estado “entregue [a criança] a quem tem as melhores condições para cuidar da criança”.

Por outro lado, José Ribeiro e Castro está do lado do não e o seu principal argumento é de que “Toda a criança tem pai e mãe. É essa a nossa natureza.”. O deputado do CDS/PP defende que a adoção por parte de casais homossexuais tem um lado “generoso” e um lado “brutal”: “generoso porque providencia à criança uma família e brutal porque corta, tira essa criança ao seu pai, à sua mãe natural”. Para Ribeiro e Castro “todos temos um referente masculino e um referente feminino” e a adoção por parte de casais homossexuais retira à criança “o direito a ter uma mãe e o direito a ter um pai”.

Depois da exposição das visões de cada um dos deputados, os jovens foram chamados a intervir e levantaram questões que se estenderam para lá da meia-noite, dirigidas sobretudo a Ribeiro e Castro, por entrarem em desacordo com o ponto de vista do deputado.

No final da noite, Joana Barata Lopes lembra que estas “são temáticas em que é difícil pensar sem ruído. Quem acha que não, é convictamente pelo não. Quem acha que sim, é convictamente pelo sim” e aconselha os jovens a “sair fora” de posições radicais: “Somos nós quem extremamos a forma como vemos a sociedade.”.

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