Sociedade
RE-FOOD: APROVEITAR PARA ALIMENTAR NO PORTO
O projeto é 100% voluntário e os espaços dos Centros de Operações são normalmente cedidos sem renda por autarquias ou instituições privadas. O projeto pede apenas 2 horas semanais de trabalho a cada um dos voluntários e Francisca Mota, coordenadora da Re-Food da Invicta, diz que o projeto oferece “um retorno (emocional) enorme”.
A ideia surgiu a Hunter Halder num jantar de família e o que começou por um só homem evoluiu para uma estruturada organização de voluntariado. Halder costuma dizer, nas palavras de Francisca Mota, que a ideia “não é genial, mas a sua operacionalização o é”.
A Re-Food Foz do Douro dá então neste momento os primeiros passos e já angariou e angaria voluntários, que, quando o projeto arrancar, tanto poderão ajudar na sua gestão como nas atividades quotidianas da organização, que consistem em recolher os alimentos dos estabelecimentos, fazer a sua receção e armazenamento no Centro de Operações e, ainda, dividir e entregar os alimentos às famílias carenciadas.
Francisca Mota chama a atenção para o carácter micro-local do projeto, que honra um dos grandes objetivos da Re-Food: reforçar os laços comunitários locais.
Nas várias plataformas online, pode ver-se por vezes uma equação que sintetiza o projeto: “Excesso + Voluntários + Necessidade = ReFood”. A escolha da palavras excesso e necessidade ilustra a oposição de duas realidades tão presentes e o choque entre os que têm muito e os que nada têm. São ideias e projetos como este que contrariam esta tendência e mudam aos poucos o nosso mundo.
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