Sociedade
PORTO E LISBOA EM MARCHA PELO CLIMA
No Porto, a Marcha Mundial do Clima vai começar nos Aliados, segue para São Bento, depois Mouzinho da Silveira e termina na Praça da Ribeira.
A marcha mundial foi agendada pelo movimento “People’s Climate Movement”, dos EUA, devido às ações do presidente Donald Trump. Este aprovou o oleoduto de Dakota e o gasoduto Keystone XL, que tinham sido parados na presidência de Barack Obama.
Em todo o mundo vão sair pessoas à rua com o objetivo de obterem uma resposta séria às alterações climáticas. Um dos objetivos da marcha é um planeta que coloque as pessoas e a natureza acima dos interesses petrolíferos. Segundo Cátia Cruz, membro integrante da Porto sem OGM, a Marcha Mundial do Clima foi apresentada a várias organizações em Março aquando do 2º Encontro Nacional pela Justiça do Clima. Os grupos presentes “tomaram, então, a iniciativa de organizarem duas marchas, uma no Porto e outra em Lisboa”. Acrescenta ainda que o que os move são as “concessões de prospeção e exploração de gás e petróleo ao longo da costa portuguesa”.
No Porto, a Marcha será co-organizada por várias organizações: Porto sem OGM, Coletivo Clima, Campo Aberto, Quercus Núcleo Porto, Sindicato Professores do Norte, Zero, Bloco de Esquerda Porto, PAN Porto e Refluxo Coletivo.
O grupo Porto sem OGM, que surgiu apenas há um ano, tem como objetivo principal sensibilizar a população para os benefícios que a agricultura biológica trazem e, pelo contrário, as consequências que os organismos geneticamente modificados (OGM) têm. A organização espera que com a marcha “o Estado português cancele as concessões de exploração de gás e petróleo atualmente planeadas”. Como alternativa, referem um plano energético em que são utilizadas apenas energias renováveis e sustentáveis.
As várias associações têm marcado encontros de modo a conseguirem preparar todos os pormenores da marcha.