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Sociedade

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: UMA CONSCIENCIALIZAÇÃO

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Tal como define a APAV (Associação de Apoio à Vítima), violência doméstica é qualquer ação ou omissão de natureza criminal, entre pessoas que residam no mesmo espaço doméstico ou, não residindo, sejam ex-cônjuges, ex-companheiros/as, ex-namorados/as, progenitor de descendente comum, ascendente ou descendente, e que inflija sofrimentos. Os sofrimentos podem ser físicos, sexuais, psicológicos ou económicos.

Muitas das vezes as vítimas de violência doméstica não se apercebem que o estão a ser porque se trata de um sistema circular- o Ciclo da Violência Doméstica. O agressor maltrata física e psicologicamente a vítima, mas tem momentos denominados “lua-de-mel”, onde a envolve de carinho e atenção, desculpando-se pelas agressões e prometendo mudar.

Este crime afeta e torna as vítimas vulneráveis. Reacções como pânico, impressão de estar a viver um pesadelo, desorientação geral, sentimento de solidão e estado de choque são reações comuns. Sendo assim, é necessário que a vítima atue e procure ajuda. A APAV disponibiliza uma linha de apoio gratuita: 116 006. Encontra-se ativa nos dias úteis, das 9 horas às 19 e disponibiliza apoio psicológico, jurídico, emocional e social. A privacidade é sempre tida em conta. Apresenta também um Gabinete de Apoio à Vítima, o Centro de Recursos Sociais da Câmara Municipal do Porto. Localiza-se na Rua da Fábrica Social e o contacto telefónico é: 22 550 29 57. Para mais informações é possível visitar o website da Apav.

A Casa Abrigo, igualmente localizada no Porto, apoia, em regime de acolhimento protegido, mulheres vítimas de violência doméstica, com ou sem filhos. Garante confidencialidade, apoio e auxílio no desenvolvimento de capacitação e autonomização pessoal.

A ajuda de um amigo ou familiar pode ser crucial para que a vítima fale e peça ajuda. Estes devem estar atentos a pormenores como: a pessoa estar anormalmente nervosa e/ou deprimida, estar isolada de todos, estar ansiosa sobre a opinião ou comportamentos do seu/sua companheiro/a, apresentar marcas mal ou não justificadas (como nódoas negras, cortes ou queimaduras) e deve incentivar a vítima a sair da relação.

Entre 2013 e 2016, a APAV registou um total de 29.619 processos de apoio a pessoas vítimas de Violência Doméstica. Cerca de 86% das vítimas eram do sexo feminino e cerca de 40% tinha entre 26 e 55 anos. Espera-se que estes números venham a diminuir.