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Sociedade

CONSELHO MUNICIPAL DA JUVENTUDE DO PORTO REÚNE NO RIVOLI

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O Teatro Municipal do Porto (Rivoli), recebeu ontem, pelas 18.30h, a primeira reunião de 2018 do Conselho Municipal da Juventude do Porto(CMJP). O CMJP é um órgão consultivo do município sobre matérias relacionadas com todas as políticas que envolvam jovens e estudantes do Porto. Tem como objetivo colaborar na definição e efetivação das políticas municipais da juventude, desde a sua instituição, em 2000. Foi a primeira vez que a reunião do Conselho teve lugar fora dos Paços do Concelho.

Quem iniciou a sessão foi a vereadora do pelouro da Juventude e Desporto, Catarina Araújo, referindo que “a juventude é fundamental na resposta de questões importantes” e que por isso “as políticas da juventude devem ser pensadas, construídas e trabalhadas com os próprios, dos jovens para os jovens.” 

Seguiu-se a tomada de posse dos 58 conselheiros membros do CMJP. O Conselho é composto por uma diversidade de entidades representativas dos jovens, onde se incluem representantes das associações de estudantes do ensino superior e secundário, com sede no município, e representantes de associações juvenis de diversas áreas, desde o ambiente, à cultura, à inovação, à Medicina, ao voluntariado, até aos direitos humanos.

A vereadora referiu ao JUP que estava presente para “ouvir, debater, perceber o que preocupa os jovens, as questões que os afligem” e as soluções que podem “em conjunto trabalhar” e deu conta do “sucesso em temos de participação”.

O segundo ponto da ordem de trabalhos incluiu a eleição de um representante do CMJP no conselho municipal de educação e a eleição dos dois secretários da mesa do plenário. Posto isto, José Maria Eça de Queiróz Costa foi eleito representante do CMJP no conselho municipal de educação, enquanto Fábio Alves Teixeira e Tiago Rodrigues Castro foram eleitos para os cargos de secretário da mesa do plenário.

MAIS DE 50 CONSELHEIROS VÃO REPRESENTAR OS INTERESSES DOS JOVENS DO PORTO

Tiago Rodrigues de Castro, o jovem eleito secretário da mesa do plenário do Conselho Municipal da Juventude do Porto, é presidente da direção da associação Tudo vai melhorar (It gets better Portugal). A associação juvenil, formalmente criada em 2015, pretende, nas palavras do Tiago, “trabalhar no âmbito dos direitos humanos, mais concretamente na promoção de atividades e de projetos dirigidos à população LGBTI – Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans, Intersexo e seus apoiantes”.

Acrescentou que “é muito bom ver e observar que a câmara Municipal do Porto tem estado connosco e tem apoiado as nossas causas e os nossos projetos.”

Já questionado pelo JUP sobre a relevância do CMJP, respondeu-nos que o propósito do conselho passa por “em rede conseguir que todos e todas criem o melhor trabalho possível, trabalhem em equipa e com o mesmo objetivo”. Reforçou a ideia de que tem “a expetativa que ao longo deste ano irão surgir daqui várias propostas fruto deste trabalho em equipa”.

José Maria Eça de Queiróz Costa referiu que “a participação de todos os jovens é no mínimo exigível” e que “este Conselho tem uma responsabilidade quase que geracional no sentido de ser a voz e a boca dos jovens”. À semelhança de Tiago Castro, reforçou a importância das sessões para o desenvolvimento de novas propostas.

Já Fábio Alves Teixeira, vice-presidente da Federação Académica do Porto, referiu que “o verdadeiro valor do conselho está nos conselheiros e na participação das associações que estão aqui presentes.” Acrescentou que “este é um ponto de partida para os próximos 4 anos do mandato da senhora vereadora Catarina Araújo a presidir o CMJP.” e acredita “nos frutos para a juventude, para o município e para a cidade do Porto que este conselho pode trazer.

Já se contava metade da reunião, quando os OUPA Lordelo, um projeto nascido no seio do programa Cultura em Expansão, inundou a plateia de jovens com o hip hop portuense. Com um primeiro contacto no bairro do Cerco, o projeto OUPA promove a intervenção social e artística em bairros sociais da Invicta desde 2015. Foram apenas dois os temas apresentados na sala do Rivoli, mas os OUPA Lordelo relembraram vivamente os presentes da qualidade da criação artística produzida pelos jovens do Porto.

Por último, a vereadora da Câmara, Catarina Araújo, abriu um espaço para a divulgação do plano de atividades e para assumir, assim, “um compromisso do município com os jovens”. Frisou-se a parte cívica, a cidadania, a identidade e a mobilidade. Fez-se a referência aos projetos vindouros como: “Porto acolhe”, “Study in Porto”, “Mobilidade e Cidadania global” e “Porto de Partida”. Faz também parte do plano assumido pelo conselho o “combate aos índices preocupantes de bullying e de violência no namoro”.

No término da sessão foi também aberto um espaço de discussão de novas propostas. O problema da habitação esteve no enfoque das preocupações. Os preços incomportáveis para estudantes e jovens que querem morar na cidade do Porto e o direito à habitação foram os temas referidos no final da reunião. De referir que ficou aberta a possibilidade de realização de uma reunião do CMJP para a discussão dos problemas de habitação da cidade.

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