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Cultura

FOTOGRAFIAS DE FRIDA KAHLO CHEGAM AO PORTO

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Frida Kahlo, a artista mexicana considerada uma das mais célebres da América Latina, é relembrada pela exposição “Frida Kahlo – as suas fotografias” através da coleção de 241 fotografias que esta dispõe. Estas retratam vários momentos importantes e íntimos da sua vida pessoal, que vão ser agora partilhados com a cidade do Porto durante quatro meses.

A exposição foi feita a partir de um arquivo que se constitui como um conjunto de mais de 6 mil fotografias, tiradas por importantes fotógrafos do século XX, que esteve durante décadas fechado na Casa Azul (residência da pintora e atual Museu Frida Kahlo). Este é um arquivo que, conjuntamente com outros seus objetos pessoais – desenhos, cartas, vestidos – foi guardado pelo marido da pintora, Diego Rivera, depois da sua morte.

Sob a direção de Hilda Trujillo Soto, diretora do Museu Frida Kahlo, e sob a curadoria de Pablo Ortiz Monasterio, reconhecido fotógrafo mexicano, esta exposição tem percorrido o mundo inteiro, tendo sido estreada na Cidade do México, apresentada em 15 cidades mundiais distintas e visitada por mais de meio milhão de pessoas.

“Frida Kahlo – as suas fotografias” proporciona um melhor conhecimento sobre a artista e a criação de uma visão sobre ela mais próxima, pois reflete a sua intimidade e os seus interesses ao longo da sua vida, que foi despertando fascínio por todo o mundo.

A vida de Frida foi caracterizada por uma série de doenças, acidentes e operações que tornaram a sua condição física frágil e dolorosa, o que propiciou a sua dedicação à pintura. As suas obras eram, assim, fortemente marcadas pelos seus problemas de saúde, mas também por outras marcantes experiências da sua vida pessoal, como as relacionadas com a sua família, o seu marido, os seus vários amores e sua luta política.

Mas a importância de Frida estende-se para lá da sua arte. A sua personalidade, o seu estilo de vida e as suas convicções ideológicas e políticas tornaram-na num ícone reconhecido por todo o mundo nos dias de hoje. Ela é vista como um símbolo de libertação e resistência a vários níveis, tendo representado uma inspiração para os movimentos socialistas e feministas que a ela se seguiram.

A exposição poderá ser visitada até ao dia 4 de novembro e a entrada é paga. Parte das suas receitas revertem a favor da Associação Salvador, que apoia a integração social e a melhoria das condições de vida de pessoas com deficiências motoras.

 

 

 

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