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ASSOCIAÇÃO SINDICAL QUER MENOS MULHERES NA POLÍCIA JUDICIÁRIA

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O número de mulheres na investigação criminal na Polícia Judiciária (PJ), tem-se notado crescente. No entanto, é com alegado desagrado que a ASFIC encara os dados.  “Não queremos uma maioria de mulheres na PJ”, afirma a inspetora chefe Carla Pinto, vice-presidente da associação, ao Diário de Notícias. Declara ainda a necessidade de “travar” a tendência.

Nos últimos dois cursos da instituição, a maioria era do sexo feminino, o que estará a suscitar problemas. Entre as disfunções elevadas estão a menor disponibilidade quando são mães, maior absentismo e menor apetência para o crime violento.

Citado pelo PÚBLICO, Carlos Garcia, presidente da ASFIC, afirma que “deve haver um equilíbrio” entre homens e mulheres e confessa que  é “com preocupação” que analisa as circunstâncias.

“Haver mais mulheres do que homens traz-nos problemas do ponto de vista da operacionalidade e apenas quanto a isso. Nós não temos nada contra as mulheres na polícia, muito pelo contrário, achamos que são tão competentes como os homens e algumas até mais, portanto isto não tem nada a ver com uma questão de género. Tem a ver com a sociedade em que nós estamos inseridos que ainda vê a mulher de forma diferente”, afirma Carlos Garcia.

Do outro lado da moeda, Sandra Benfica, dirigente do Movimento de Mulheres (MDM), define os problemas indicados, especificamente, “maior absentismo e menor apetência para o combate ao crime violento”, como ofensivo para as mulheres.

Artigo da autoria de Soraia Amaral

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