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Tempestades de neve atingem o deserto da Arábia Saudita

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Vista aérea da cidade de Jerusalém, capital israelita, no dia 27 de janeiro de 2022. Fotografia: Reuters/Ammar Awad

A queda de temperatura drástica nas noites de inverno sauditas causaram grandes tempestades de neve no deserto da Arábia Saudita. A Agência de Imprensa Saudita e o Centro Nacional de Meteorologia relataram chuvas fortes a moderadas na região de Medina, no oeste do deserto, juntamente com ventos fortes, queda de granizo e baixa visibilidade.

Em várias zonas do Médio Oriente têm-se sentido as consequências das alterações climáticas. No Kuwait, o Ministro da Educação Saud Al Harbi suspendeu as aulas e os exames devido às inundações que afetaram várias habitações e veículos. A Emirates News Agency (WAM) relatou que as más condições meteorológicas iriam manter-se nas próximas semanas. A última vez que a Arábia Saudita experienciou a queda de tanta neve foi em 2018.

Antes da tempestade de neve chegar ao Médio Oriente, afetou a zona mediterrânea, desde a Grécia passando pela Turquia e pela Síria, como relatou a Reuters. Apesar das condições não serem habituais, a neve trouxe muitos visitantes à zona que percorreram vários quilómetros para apreciar a paisagem gélida. O mau tempo alertou as forças de segurança que tiveram de encerrar várias estradas e afastar alguns visitantes da zona devido às perigosas condições meteorológicas.

O deserto da Arábia Saudita conta com uma superfície de 2 330 000 km², abrangendo a Arábia Saudita, o Catar, os Emirados Árabes Unidos, o Iraque, a Jordânia, o Bahrein, o Iémen, o Kuwait e Omã. É o quarto maior do mundo, ficando atrás do deserto da Antártida, do Ártico e do Saara.

Com um dos menores índices de biodiversidade, a zona conta com uma vasta área de exploração de petróleo, gás natural, fosfatos e enxofre.

Artigo de Sofia Guimarães

Revisto por Inês Santos

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