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Sociedade

Foguete da Space X em rota de colisão com a Lua

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Falcon 9 descola da base aérea de Cape Canaveral na Florida Fonte: John Raoux/AP

Foi em 2015 que a Space X e a Nasa, juntamente com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), lançaram o Falcon 9 para o espaço. Esta missão espacial teve como objetivo o lançamento do satélite  Deep Space Climate Observatory (em português, “Observatório do Clima do Espaço Profundo”).

Durante a colocação deste satélite em órbita, no ponto Lagrange a mais de 1 milhão de quilómetros da Terra, a última fase do Falcon 9 acabou por cair num impasse. Sem combustível suficiente para regressar à orbita da Terra sucumbiu ao efeito gravítico entre a Terra, Lua e Sol. O aparelho ficou numa desgovernada trajetória deste então.

No entanto, a viagem de 7 anos do foguete vai terminar em breve, devido ao facto deste se encontrar em rota de colisão com a lua, com impacto previsto para o dia 4 de março, afirmam especialistas. Ainda não se consegue prever o ponto exato de colisão entre o aparelho com mais de 4 toneladas e a Lua, ou se o impacto será visível a partir do planeta Terra,  mas sabe-se que criará uma nova cratera.

Esta não será a primeira vez que um objeto fabricado pelo homem colide com a Lua. Em 2009, a NASA realizou missões com recurso ao impacto de aparelhos com a lua, com o intuito de verificar a existência de partículas de água entre o pó levantado pelo choque. Porém esta será a primeira vez que este evento acontece acidentalmente.

Especialistas realçam ainda que este pedaço de foguete faz parte de mais um problema criado pelo ser humano – a poluição do espaço. Milhares de peças de lixo espacial, incluindo peças de antigos foguetes e satélites orbitam a Terra. Especialistas temem que em 50 anos seja demasiado perigoso lançar novos foguetes para o espaço devido ao risco de colisão com estes escombros.

Para os peritos, o problema da poluição espacial é mais grave do que o choque entre o foguete e a Lua, uma vez que este não trará consequências para a população terrestre nem grandes problemas para a Lua.

Artigo escrito por Luís Jacques de Sousa

Artigo revisto por Inês Santos