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Aumento da solidão leva à defesa da criação de uma Secretaria de Estado em Portugal

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Fonte: Unsplash / Sasha Freemind

Vários os países como o Japão e o Reino Unido, já criaram um Ministério da Solidão, e o coordenador do Observatório da Solidão do ISCET, Adalberto Dias de Carvalho defende que Portugal deveria ser um dos próximos.

Embora Portugal não seja considerado dos países mais solitários, apresentando a 6º maior subida de todos os países da União Europeia, a situação foi agravada pela pandemia da Covid-19.

Para o Adalberto Dias de Carvalho, que mantém contacto com o Centro de Investigação do Instituto de Filosofia da Universidade do Porto, a situação é muito complexa e não deve ser ocultada do debate político. O ex-professor catedrático acrescentou ainda que a solidão não é acompanhada apenas de uma perspetiva médica, mas também social.

Na entrevista, Adalberto Dias salientou também a importância do organismo político que é responsável pela monitorização da problemática da solidão ter uma “relação transversal” com os diversos ministérios uma vez que há uma grande e vasta dimensão deste fenómeno.

No nosso país António Costa anunciou a sua intenção de estabelecer um executivo com uma menor dimensão, o investigados considerou que seria apropriado ter uma Secretaria de Estado enquadrada na tutela da Saúde.

“Claro que uma secretaria de Estado deste tipo tinha de ficar encavalitada algures entre o Ministério da Saúde e o Ministério dos Assuntos Sociais, porque não é apenas uma questão de saúde no seu sentido estrito”

Resultado da pandemia, a solidão deixou de estar associada aos idosos ou populações isoladas para estar mais presente em todos os setores da nossa sociedade, incluindo os jovens.

Solidão em Portugal

Um estudo realizado em março de 2021, em Portugal, pela Rep. Circle- The Reputation Platform, em colaboração com o consultor e autor especialista em Desenvolvimento Social e Propósito, Celso Grecco, realizou uma sondagem a uma amostra de 2200 pessoas sobre a sensação de solidão.

A análise dos resultados, permitiu concluir que 6 em cada 10 pessoas sentem-se infelizes quando sozinhas, dando grande destaque às camadas jovens entre os 16 e 25 anos onde podemos observar esse sentimento em 7 de 10 pessoas. Em termos de exclusão, um terço dos interrogados sente-se excluído por outros pessoas. Mais uma vez, a faixa dos 16 aos 25 anos conta com uma percentagem superior de 41%.

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