Sociedade
Conflito Rússia-Ucrânia: como evitar as fake news
A internet e as redes sociais são, para muitos cidadãos, a principal fonte de notícias. Com a abundância de fontes e de posts, torna-se, por vezes, difícil distinguir o que é verdadeiro do que é falso. Tal como aconteceu com a pandemia da covid-19, a guerra entre Rússia e Ucrânia é o assunto do momento, e tem sido o tema em todos os canais de informação. No entanto, com a profileração, ao minuto, de conteúdos, tem vindo a verificar-se um aumento das fake news sobre o conflito na Europa. Existem formas de detetar informação falsa e contribuir para a diminuição da desinformação.
1.º Verificar as fontes
É muito importante verificar a autoria das notícias e dos posts, de forma a perceber se provêm de um meio de comunicação credível ou de associações acreditadas. Muitas vezes, informação falsa é espalhada propositadamente, com objetivos políticos, para gerar o caos, ou simplesmente para conseguir mais seguidores e visualizações. Geralmente, no âmbito online, as fontes credíveis são verificadas, e, como tal, consultar os perfis das contas ajuda. Quando se trata de “trolls” ou contas falsas, ou ainda de uma forma geral, perfis ou entidades falsas que foram criados com esse propósito, que na maioria das vezes, têm poucos seguidores, informação pessoal dúbia e que postam sobretudo em alturas como esta, sem argumentos que sustentem o que escrevem ou o que partilham.
2º Confirmar se as imagens/vídeos partilhados são antigos ou enganosos
Várias imagens e vídeos de conflitos anteriores estão a ser divulgados como se retratassem a guerra atual. Filmagens da invasão da Crimeia em 2014, e da explosão em Beirute em 2020, estão a ser confundidos com o que se passa atualmente na Ucrânia. Para além de enganar quem assiste à guerra de longe, a viralização destas imagens pode causar ainda mais pânico nas pessoas que estão efetivamente a viver o conflito. Também partes de um filme Ucraniano gravado em 2020 ficaram virais no Facebook e no Tiktok, o que levou alguns utilizadores a acreditar que os ataques estão a ser encenados.
Para saber se os conteúdos são atuais ou não, deve prestar-se atenção a pormenores como o clima, os sinais de trânsito e a língua que está a ser falada. Para além disso, através do Google Maps pode verificar-se se efetivamente se aquele sítio é onde alegam que o vídeo foi gravado. Outra alternativa é realizar a pesquisa de imagem inversa: pesquisar essa imagem no Google e constatar se aquela imagem já foi utilizada anteriormente em diferentes contextos.
3.º Não partilhar por impulso
Numa situação como esta, é natural que a maioria das pessoas se sinta angustiada, preocupada e em alerta. No entanto, apesar da enchente de informação, é fulcral que cada um dos utilizadores dissemine informação de forma consciente. Analisar bem a informação que se absorve traz benefícios para o própripo usuário, mas também impede a proliferação de informação falsa. O ideal é estar atento e só partilhar caso se verifique que aquela informação é realmente credível e verdadeira, sendo-o possível.
Escrito por Ana Francisca Maio
Revsão por Beatriz Oliveira