Cultura
Museu do Holocausto reabre as portas com entrada gratuita
O museu, com uma grande carga simbólica, procura homenagear as vítimas do Holocausto, o maior genocídio do século XX. Aberto no Porto em abril de 2021, em conjunto com a B’nai B’rith Internacional e outros museus do Holocausto, já recebeu mais de 40 mil visitantes, principalmente jovens. Este ano, a entrada vai continuar a ser gratuita para todas as idades.
Por respeito à memória das vítimas, não é permitido fotografar ou filmar o espaço, exceto com uma autorização prévia. Não é permitido mexer no telemóvel durante a visita e o espaço está interdito a menores de 14 anos caso não estejam acompanhados pelos pais, encarregados de educação ou por professores.
Este museu foi fundado pela Comunidade Israelita do Porto/Comunidade Judaica do Porto (CIP/CJP), uma das mais antigas do mundo. Com a maior sinagoga ibérica situada na Rua Guerra Junqueiro, também na cidade do Porto, a comunidade procurou “retratar a vida judaica antes do Holocausto, o Nazismo, a expansão nazi na Europa, os Guetos, os refugiados, os campos de Concentração, de Trabalho e de Extermínio, a Solução Final, as Marchas da Morte, a Libertação, a População Judaica no Pós-Guerra, a Fundação do Estado de Israel, Vencer ou morrer de fome, Os Justos entre as Nações”, como consta no site da Câmara Municipal do Porto.
O museu conta ainda com a tutela de “membros da Comunidade Judaica do Porto cujos pais, avós e familiares foram vítimas do Holocausto e integra-se numa estratégia de combate ao antissemitismo que já conta com o Museu Judaico do Porto, com visitas de escolas à Sinagoga do Porto, com cursos para professores, com filmes de história e com ações de beneficência em parceria com a Diocese do Porto”, segundo descreve o site oficial do museu.
Esta comunidade conta com cerca de 500 seguidores oriundos de todos os países do mundo. O Museu do Holocausto foi palco de diversos cursos que procuram comunicar e sensibilizar os alunos para temáticas como o Holocausto, a história judaica e o antissemitismo. Esta formação é dada a professores de escolas públicas ou privadas pelo Centro de Educação Judaica do Porto.
O Museu do Holocausto está aberto de segunda a sextas-feira, entre as 14:30 e as 17:30. Está encerrado aos fins de semana, feriados nacionais e feriados judaicos.
Artigo de Sofia Guimarães
Revisão de Inês Santos e Fernando Costa